TAIZÉ

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Conferência de Quaresma em Paris

Domingo 8 de Março, o irmão Alois fez uma conferência de Quaresma na Notre-Dame de Paris, sobre o tema: «Uma vida que se torna sinal». O texto está disponível em francês no site da Diocese de Paris.

Recomeçaram os grandes encontros de jovens

Depois de um período mais calmo, como é habitual durante o Inverno, recomeçaram em Taizé os grandes encontros de jovens. Nestas duas últimas semanas, sucederam-se na colina mais de 3000 jovens, sobretudo grupos de escolas francesas e portuguesas, mas vieram também jovens da república Checa, da Coreia, dos Estados Unidos (entre eles, 30 de Nova Iorque), etc. Os maiores grupos franceses vieram de Toulouse, Saint-Denis e Lyon. Os bispos de Angers e Rodez vieram a acompanhar os jovens. Estão em Taizé esta semana mais de 1000 portugueses, com grandes grupos das dioceses de Santarém, Viseu e Aveiro e também alguns jovens de Lisboa, do Porto e de Coimbra.

No primeiro dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, no dia 18 de Janeiro, teve lugar em Taizé, na Igreja da Reconciliação, uma oração, na presença do bispo de Autun e do Pastor de Chalon-sur-Saône. Como o tema dessa semana tinha sido preparado por cristãos brasileiros, dois irmãos que viveram neste país animaram um ateliê sobre a vida na fraternidade de Alagoinhas.

Duas semanas mais tarde, no final do pequeno conselho anual da Comunidade, os irmãos passaram uma bela tarde em Chalon-sur-Saône, com uma oração numa igreja do centro da cidade e uma visita à comunidade muçulmana: foi importante viver aquele encontro e fazer a experiência do acolhimento caloroso do imã e dos crentes reunidos nesse sábado à tarde.

Ecos dos encontros


O Pasteur Laurent Schlumberger, presidente da Igreja Protestante Unida de França, esteve em Taizé para uma curta visita pessoal. Animou um ateliê sobre as consequências dos recentes acontecimentos trágicos em Paris. O Robin, um jovem francês, escreveu depois deste ateliê:

Os acontecimentos trágicos de Paris tocam-nos como homens, como crentes e como cristãos. A nossa partilha aprofundou a reflexão e abordou várias questões. Enquanto homens, ficamos chocados perante a violência e o medo. Enquanto crentes, a nossa solidariedade é total para com todos os muçulmanos que não se reconhecem nestes actos e que procuram, pelo testemunho da sua vida, mostrar que Deus é apenas amor. Finalmente, enquanto cristãos, temos uma sensibilidade muito especial perante a blasfémia e a caricatura. Jesus Cristo caricaturava a sociedade do seu tempo com as suas parábolas, foi julgado e condenado à morte por blasfémia, «porque se fez Filho de Deus» (João 19.7).
 
Depois das grandes manifestações de 11 de Janeiro, podemos ver, para lá da defesa da liberdade de expressão, um desejo de unidade e de diálogo. Numa sociedade com falta de referências e desamparada perante a violência, será que os cristãos não têm um papel nesta procura comum de fraternidade no seio da família humana? Será que ousamos dialogar com aqueles que nos estão próximos e também com os membros das comunidades muçulmanas que existem perto de nós?