TAIZÉ

Taizé 2012: Relatos e testemunhos

 
Ao longo de 2012, esta página será actualizada regularmente com notícias da vida na colina.

Esperando o Natal

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Em Taizé, ao longo de todo o Advento, a espera do Natal foi-se tornando cada vez mais intensa. Em cada domingo, um presépio com decoração africana, dando continuidade ao encontro de Kigali, foi evoluindo em frente à igreja da Reconciliação. No dia 24 à noite, depois da Eucaristia de Natal, os irmãos, voluntários e todos os que estiverem de passagem em Taizé vão cantar a alegria da Natividade em frente ao presépio.

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Nestas últimas semanas, além de jovens europeus, da Coreia e dos Estados Unidos, esteve em Taizé um grupo libanês, acompanhado pelo novo bispo maronita em Paris, D. Gemayel. Simultaneamente, encontravam-se na colina os professores e estudantes do instituto ecuménico de Bossey, para a sua visita anual. Também estiveram em Taizé alguns pastores franceses e suíços, entre eles o Presidente da Igreja Reformada de França, Laurent Schlumberger.


Novembro: Milhares de jovens em Taizé nas férias de Todos-os-Santos

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Estas semanas, são ainda quase 6500 os jovens que visitam Taizé nos dias em torno da Festa de Todos-os-Santos. A grande maioria vem de todas as regiões de França, chegados em três vagas diferentes durante as duas semanas de férias. Na Igreja da Reconciliação, o irmão Alois dirigiu-se-lhes para partilhar algumas novidades:

Esta semana, vós, os jovens, vêm numerosos de diferentes regiões de França. Nós, os irmãos, estamos muito felizes por vos acolher, mesmo se o frio dificulta os nossos dias, e por acolher convosco os bispos, pastores, padres e responsáveis laicos que vos acompanham e que tão bem prepararam convosco esta estadia.
 
Cumprimento, igualmente, os jovens de outros países e desejo mencionar em particular os numerosos suecos, os alemães, os belgas, e também os espanhóis, que já esperamos, mas que chegarão apenas na quinta-feira.
 
Como vós, cheguei a Taizé no domingo à noite, após três semanas de ausência. Ocorreu em Roma um Sínodo que reuniu bispos de todo o mundo e para o qual fui convidado.
 
O Sínodo foi uma bela experiência da universalidade da Igreja. Os bispos não esconderam as suas preocupações sobre como melhor transmitir o Evangelho num mundo que mudou tanto. Muitos insistem na importância de procurar um modo de aprofundar uma relação pessoal com Deus. O Papa, apesar da sua idade avançada, esteve presente e escutou atentamente.
 
Ao partir de Roma, deixei na cidade muitos dos nossos irmãos e jovens voluntários, que permanecem em Taizé durante um ano. Com os jovens de toda a cidade de Roma, preparam o nosso próximo Encontro Europeu. De igual modo, preparam também o acolhimento de jovens europeus nas famílias e nas paróquias a partir do dia 28 de Dezembro. Durante seis dias, rezaremos juntos nas grandes basílicas romanas.
 
Amanhã ao serão, festejaremos Todos-os-Santos. No início da celebração da Eucaristia, um jovem oriundo do Senegal entrará na nossa comunidade. Receberá o hábito branco que vestimos para a oração. Visitou Taizé várias vezes e partilhou a vida dos nossos irmãos num bairro de Dakar.
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Outono: a colina ao ritmo do Outono

Ao longo de todo o Outono, grupos de jovens da Alemanha, Bélgica, Holanda, Suíça e de outros países da Europa continuam a participar nos encontros de uma semana ou durante alguns dias. Entrou para a comunidade um novo irmão, originário da França; numa das noites de Setembro, recebeu o hábito branco dos irmãos. E, durante algumas semanas, está em Taizé um monge ortodoxo da Bulgária.

Ao mesmo tempo, as equipas de trabalho animadas por jovens voluntários arranjam e reparam o que é preciso, depois do Verão: o local dos encontros de famílias, a «Olinda», foi por isso fechado durante alguns meses e muitas tendas foram desmontadas. Aproveitando este tempo mais calmo, os jovens voluntários que ficam um ano ao serviço do acolhimento reflectiram juntos sobre o tema da hospitalidade como reflexo de uma solidariedade universal.

Ao longo de todo o mês de Setembro, como resposta ao convite do patriarca Bartolomeu de Constantinopla, que o irmão Alois e uma centena de jovens visitarão no mês de Janeiro, comunidades cristãs de todo o mundo rezam pela criação. Em Taizé, entre as intenções que são lidas regularmente, rezamos também «pelos que consagram as suas forças para a salvaguarda da criação». E, na igreja românica de Taizé, o vitral de São Francisco recorda o seu papel pioneiro no apelo a que simplifiquemos o nosso modo de vida.


A Igreja, uma mesma família

Gabriel (Filipinas)

Durante um encontro entre voluntários e responsáveis da Igreja protestante da Alemanha, entre os quais o Presidente Nikolaus Schneider, falámos em primeiro lugar da nossa vida comunitária, da compreensão entre pessoas diferentes e dos laços criados com milhares de pessoas do mundo inteiro. Assim, a nossa permanência aqui baseia-se no Evangelho e constitui uma aprendizagem de uma vida em que deus se encontra no centro.

Um de nós perguntou aos convidados qual a sua definição de uma Igreja viva; eles mencionaram a importância para a Igreja de ser um lugar onde todos se considerem membros de uma mesma família. Ao mesmo tempo, em Taizé, os cristãos são como um só corpo na Igreja da reconciliação. A conclusão do pastor foi: «Vocês são a minha esperança para a unidade das Igrejas cristãs».


Compreensão e aceitação

Dorova (Grécia)

Esta foi a minha primeira vista a Taizé e fiquei muito contente por aí ter ficado como voluntária durante um mês e meio. No princípio, havia algumas coisas que eram novas para mim, mas não foi difícil de me adaptar à vida da comunidade. A primeira coisa que me marcou foi o grande número de jovens que aqui vem, bem como o silêncio que eles fazem durante toda a oração comunitária. Entre todos os trabalhos que me deram para fazer, gostei particularmente do trabalho na igreja. O que me ficará do tempo que aqui passei é que podemos muito bem vir de diferentes meios políticos, culturais e confessionais, mas é o espírito cristão em cada de nós que nos une. Enquanto cristã ortodoxa, continuarei a trazer em mim a compreensão e a aceitação que encontrei da parte de outros cristãos que encontrei, com os quais partilhei e vivi durante a minha estadia.


«Ajudaste-me muito. Obrigado»

Franz (Alemanha)

Depois de ter vindo a Taizé para a semana santa, decidi voltar para passar aqui todo o Verão, já que estava de férias da Universidade. Durante dois meses e meio, passei um tempo muito bom como voluntário, o que foi um verdadeiro ganho para a minha vida. No fim do Verão, alguém que não reconheci veio ter comigo e disse-me: «Foi contigo que falei depois da minha longa viagem. Ajudaste-me muito. Obrigado». Como já não me lembrava da situação, isso mostrou-me que uma das coisas mais importantes durante a minha estadia era fazer simplesmente o que Deus pede: amar o próximo até ao ponto de já nem sequer nos lembrarmos mais dos momentos em que o fizemos.


Setembro: no final do Verão, os encontros de jovens continuam

Taizé: Eucaristia transmitida na televisão

No domingo, 10 de Setembro, a celebração da Eucaristia foi transmitida em directo de Taizé no canal France 2, com a presença dos irmãos da comunidade e dos mil jovens reunidos nessa semana na colina. A emissão incluiu quatro breves reportagens apresentando a comunidade e o acolhimento de jovens e uma entrevista em directo com o irmão Alois. Durante a celebração, a meditação foi feita pelo irmão Alois.


As grandes semanas do Verão chegaram ao fim. Com números de jovens participantes mais reduzidos, os encontros internacionais continuam sempre semana após semana. Alterações climáticas complicaram um pouco a vida quotidiana no final do mês de Agosto, sobretudo devido a uma tempestade e a uma forte queda de granizo, sem que, no entanto, tenham provocado acidentes.

Muitos responsáveis de Igrejas visitaram Taizé nestas últimas semanas, entre os quais os bispos católicos de Soissons, em França, D. Hervé Giraud, e de Bamberg, na Alemanha, D. Ludwig Schick. Da Alemanha vieram também visitar a comunidade o presidente da Igreja Protestante Alemã, Nikolaus Schneider, e os bispos luteranos Markus Dröge de Berlim, de passagem por algumas horas, e Jochen Bohl, vindo de Dresden com um grande grupo de jovens. De Inglaterra, vieram numerosos bispos anglicanos, entre os quais os bispos de Hereford, Coventry, Manchester, Southwark e Winchester.

Uma outra visita importante foi a de D. Servilien Nzakamwita, bispo católico de Byumba, Ruanda, encarregue da pastoral juvenil deste país. Permaneceu em Taizé durante vários dias, a algumas semanas do encontro internacional de jovens que terá lugar em Kigali de 14 a 18 de Novembro. Ao longo da sua estada, pôde encontrar-se com os irmãos, com os voluntários e com os jovens africanos presentes em Taizé neste Verão.

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Encontro com D. Servilien, do Ruanda


Como disse o irmão Alois num dos encontros semanais de quinta-feira à noite na igreja da Reconciliação «em Taizé, fazemos, semana após semana, a experiência de que Cristo nos pode reunir para além de todas as fronteiras. Esta comunhão é um milagre que nunca deixa de nos surpreender. É vivendo este milagre que a Igreja reconciliada poderá tornar-se centro de uma comunhão universal.»

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Workshops musicais com jovens da Ucrânia ↑ e da Coreia ↓

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Rumo a uma nova solidariedade: workshops em Taizé

Iniciada em Berlim pelo irmão Alois, a procura « rumo a uma nova solidariedade » foi marcada este Verão em Taizé por numerosos workshops em torno deste tema. Alguns reuniram jovens visitantes e voluntários, outros foram animados por intervenientes exteriores que evocaram o seu compromisso no Parlamento Europeu ou no Fundo Global de Luta Contra a Sida, Tuberculose e Malária. O último a ter lugar foi animado por Jérôme Vignon, presidente das Semanas Sociais de França, que evocou de forma particular estas duas questões: «A fraternidade deve vir em auxílio da solidariedade?» e também «Como podem os jovens europeus dar um novo fôlego à solidariedade entre as nações?»

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Encontro com Jérôme Vignon, no jardim da La Morada


A festa da Transfiguração foi celebrada no momento mais forte do Verão

Ao longo de todo o Verão, os encontros reúnem entre 3000 e 4500 pessoas por semana. No começo desta semana, o ícone da Transfiguração foi colocado na parte principal da igreja, ao lado do altar, para assinalar a festa celebrada no dia 6 de Agosto. À semelhança dos últimos anos,é no início de Agosto que o número de participantes nos encontros que têm lugar todas as semanas chega ao seu ponto máximo. A igreja da Reconciliação e as suas várias extensões tornam-se insuficientes para números superiores a 4000 visitantes e, assim, foi preparado um segundo local de oração, numa grande tenda próxima da igreja.

Esta semana, os jovens participantes são oriundos de 75 países diferentes. Os europeus estão presentes em grande número ao longo das semanas, mas há, também, grupos chegados dos Estados Unidos, de Israel ou da Coreia, por exemplo. Nestes últimos dias, acolhemos de forma especial visitantes do Haiti e da China. D. Benoît Rivière, bispo de Autun, a diocese onde se situa Taizé, visitou a comunidade. Um responsável do Fundo Mundial da Luta contra a Sida, tuberculose e paludismo animou vários encontros em torno do tema da solidariedade mundial, em ligação com o tema da Carta 2012 do irmão Alois.

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No mesmo caminho que conduz a Deus

Marta (Ucrânia)

Jovens, adultos e crianças, todos passámos alguns dias em oração, cantando, partilhando e em silêncio, de que tínhamos tanta necessidade. Foi uma partilha da experiências e de conselhos preciosos, mas, igualmente, de histórias cómicas - aqui, partilhamos tudo, o que une as pessoas de diferentes países e continentes. A vida comunitária aqui em Taizé é construída por cada um dos presentes. E estamos todos no mesmo caminho que conduz a Deus.

Com Deus e uns com os outros

Joseph (Mianmar)

Um cristão não pode sê-lo sozinho e, aqui, deparei com um forte ênfase na importância da vida comunitária, da partilha e da oração em conjunto para comunicar com Deus e uns com os outros. Isso encorajou-me a viver de forma simples e a construir a confiança e a paz com os outros.

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Não tenham medo de ir ao encontro dos outros!

Lucie (República Checa)

Para mim, trata-se de um pequeno mistério, mas em Taizé é, por vezes, muitíssimo fácil ter uma conversa muito interessante com alguém vindo de outro país ou mesmo de outro continente. Entre os que aqui encontrei durante a minha estada, sobressai um rapaz da Coreia. Quando dialogávamos e quando me colocava algumas questões, tive a impressão de que conhecia verdadeiramente o meu interior. Penso que em Taizé podemos encontrar Deus não apenas durante as orações na Igreja, mas, também, nas pessoas. Não tenham medo de ir ao encontro dos outros!


Taizé: O Verão atinge o seu auge

Desde o princípio do mês de Julho, cada semana vê crescer o número de visitantes em Taizé. Ao mesmo tempo, a diversidade dos participantes também vai crescendo. Entre os grupos vindos de longe, notámos jovens da Tailândia, China, Israel e também visitantes do Irão, do Afeganistão, do Paquistão. Numerosos são os voluntários de África, da Ásia, da América do Sul e do Norte, da Oceânia e da Europa que ficam em Taizé por várias semanas ou alguns meses.

Responsáveis de Igrejas também visitaram a comunidade: o pastor do Gana Setri Nyomi, Secretário-Geral da Comunhão Mundial das Igrejas reformadas; Monsenhor Minnerath, Arcebispo de Dijon; vários bispos católicos e anglicanos de Inglaterra, de Itália, de Porto Rico; uma professora ortodoxa de Tessalónica; o Pe Quicke, do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entre outros.

Entre os encontros particulares que valorizam a diversidade de origens, alguns foram animados por músicos americanos, por jovens da Dinamarca ou por um coro de jovens vindos da Bielorrússia. Alguns novos temas de workshops foram também lançados recentemente: «O mistério do rosto, visto por dez fotógrafos»; «Atelier de teatro: descobrir uma passagem bíblica de outra forma»; «A vida na fé: um apelo à criatividade e à inteligência». Entre muitos outros, o workshop «Solidariedade com toda a criação: a nossa responsabilidade para o mundo de amanhã» continua a reunir jovens semana após semana.

Junho: O Pentecostes

A Ascensão e o Pentecostes foram celebrados em Taizé com vários milhares de jovens. Para além dos que vieram de toda a Europa, alguns fizeram uma longa viagem dos Estados Unidos ou da Coreia, de Hong Kong ou do Ruanda. Durante estes encontros internacionais, a oração de todos uniu-se, pela intercessão, ao sofrimento do povo sírio, ao das pessoas no norte de Itália, vítimas de um tremor de terra, ou ainda ao de crianças de um campo de refugiados no Darfur.


Se escutamos Deus com confiança, tudo se torna possível

Artur (Polónia)

Foi a minha primeira vinda a Taizé e eu tinha muitas expectativas. Desde o início, senti-me tocado pela simplicidade. Ela ajuda todos os jovens participantes nos encontros a encontrar o que há de mais importante nas nossas vidas – nesta simplicidade, pude sentir toda a liberdade do ser humano.

Vim a Taizé para celebrar o Pentecostes com pessoas do mundo inteiro. Encontrei jovens provenientes de contextos culturais muito diferentes, com diferentes experiências de vida. No entanto, apesar de tudo isso descobrimos que temos o mesmo objectivo: encontrar a fonte no mais profundo da nossa alma. Neste tempo em Taizé, procurámos respostas às perguntas mais fundamentais da nossa fé. E todas essas respostas se resumem numa palavra: a confiança. Se escutamos Deus com confiança, tudo se torna possível!

Durante a minha semana em Taizé, passei dois dias em silêncio. Foi uma experiência muito boa: agora sei que devo ser mais responsável com as palavras que utilizo. Mais ainda, pude abrir-me à presença de Deus, no silêncio. Foi a melhor preparação que podia ter feito para a celebração do Pentecostes. Sei que esta semana em Taizé foi o começo da minha peregrinação de confiança. Juntamente com as experiências que aqui fiz, gostaria de partilhar a alegria que recebi.


Maio: Ao longo de toda a Primavera, sucedem-se os encontros internacionais

Depois da Páscoa, o acolhimento continua intensamente em Taizé, cada semana com 1000 a 1500 pessoas. Os maiores grupos vieram da Alemanha, de França, da Holanda e da Suécia. Na primeira semana de Maio, um grupo vindo de Moscovo participou nos encontros, acompanhado por um padre ortodoxo. No sábado à noite, no final da oração, ele abençoou, na igreja, dois novos ícones: a hospitalidade de Abraão (que representa a Santíssima Trindade) e Cristo Salvador, que foi pintado por um dos irmãos.

Durante o Encontro de Berlim, o irmão Alois convidou os jovens e reflectir juntos sobre caminhos possíveis «rumo a uma nova solidariedade». Nestas últimas semanas, em Taizé, um workshop reuniu voluntários e peregrinos sobre o tema: Solidariedade com toda a criação – a nossa responsabilidade para o mundo de amanhã». No final, os jovens foram convidados a jantar em pequenos grupos, conversando sobre a questão: «A solidariedade dá-nos alegria: que experiências tenho sobre isso?»


Ecos da peregrinação a Moscovo do ano passado

Gijs (Holanda)

Durante a minha semana em Taizé, vimos o filme sobre a peregrinação pascal a Moscovo do ano passado. Depois, partilhámos as nossas recordações e experiências. A peregrinação criou amizades entre muitos de nós e uma proximidade com a Igreja Ortodoxa Russa, parte integrante do Corpo de Cristo. Em Taizé, no Tempo Pascal cantamos em todas as orações do meio-dia «Христос воскресе» - «Cristo ressuscitou»: este cântico da tradição litúrgica ortodoxa celebra a alegria da ressurreição. Espero que isso possa ser um pequeno passo para tornar concreta e visível a nossa procura de comunhão.


A diferença, mas não a indiferença

Saw Htoo (Myanmar)

Fiquei impressionado com a forma como os jovens se reúnem em Taizé na unidade, procurando juntos a vontade de Deus. Pessoas de diferentes gerações disponibilizam-se para ajudar. Este espírito de serviço ensina-nos a não ficar indiferentes. Podemos ser muito diferentes uns dos outros, mas não sejamos indiferentes. Ser diferentes é um sinal de diversidade, enquanto ser indiferentes seria um sinal de passividade. Temos que criar mais espaço para os outros no nosso coração.


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Na manhã de Páscoa, procissão com o círio pascal na igreja da Reconciliação.


Para recordar os momentos fortes das celebrações da Semana Santa, estão disponíveis:

- imagens filmadas sexta-feira às 15h

- um podcast realizado a partir da Eucaristia de domingo de Páscoa

http://www.taize.fr/IMG/mp3/taize_podcast_2012_04_12_easter.mp3.


Abril: Na Páscoa: «acolhamos a alegria da ressurreição!»

5a.-f. Santa

Com a aproximação da Páscoa, os peregrinos de toda a Europa e até de outros países do mundo juntam-se em Taizé para o fim-de-semana. Muitos vêm pela primeira vez, outros já conhecem a colina, e todos se juntam para partilhar a sua fé comum. Neste dia de Quinta-feira Santa, durante a Eucaristia da noite, o irmão Alois lavou os pés aos irmãos, às crianças e a alguns jovens de outros continentes, em memorial da última ceia do Senhor. Como em todos os serões da semana, foi expressa uma intenção de oração por um povo em sofrimento: a Síria.

6a.-f. Santa

Na Sexta-feira Santa os cristãos recordam a morte de Jesus. Neste dia, o irmão Alois encontrava-se em Paris, convidado a animar a Via Sacra dos Campos Elísios, com jovens de quatro continentes e centenas de parisienses.

Durante o dia, às 15 horas, um sino tocou em Taizé – lembrança da hora que o Evangelho aponta para o último suspiro de Jesus. Todos os que caminhavam, falavam, cantavam, trabalhavam… pararam para alguns minutos de silêncio. Numerosos jovens sentiram-se tocados por este momento de comunhão, vivido em silêncio com os milhares de peregrinos presentes.

Na oração da noite, o ícone da cruz foi transportando por alguns irmãos através de toda a igreja da Reconciliação e depois depositado no chão: durante toda a noite, irmãos e jovens rezaram à volta da cruz.

Sáb. Santo

Vários workshops ajudaram à entrada nas celebrações do Tríduo Pascal, como a leitura dos Evangelhos da Páscoa ou a escuta da Paixão segundo São Mateus.

Durante a oração do meio-dia, foi o ícone da Ressurreição que foi apresentado na igreja, revelando a Descida de Jesus aos Infernos, que chama Adão e Eva. À noite, um irmão neerlandês fez o compromisso para toda a vida na comunidade. De seguida, o irmão Alois pronunciou uma meditação pascal, no final da qual saudou em particular os jovens do Myanmar presentes durante toda a semana em Taizé.

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Dom. de Páscoa

Sob um céu cinzento, alguns jovens prepararam de manhã cedo a partida, desmontando as tendas e fazendo as malas. Mas uma vez reunidos na igreja para a Eucaristia da manhã de Páscoa, rapidamente a alegria tomou o lugar da tristeza: desde os primeiros acordes de «Lumen Christi» e depois através de «Aleluias» retomados pela primeira vez desde Quarta-feira de Cinzas, todos expressam a sua alegria pela boa nova da Ressurreição de Cristo. Após a leitura do Evangelho e a celebração da Eucaristia, o irmão Alois proferiu a saudação Pascal «Cristo ressuscitou» em várias dezenas de línguas, à qual todos responderam na sua língua materna, dizendo «Ressuscitou verdadeiramente!» No final da celebração, o sol brilhava no céu e, ao som dos sinos que tocavam vigorosamente, os jovens puderam despedir-se com alegria.

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2a.-f. de Páscoa

Na Páscoa, excepcionalmente, o dia de acolhimento de novos visitantes é a segunda-feira e não o domingo. Cerca de 4000 jovens partiram e 4000 novos jovens chegaram nesse dia, vindos, em grande maioria, da Alemanha.

Nas orações comunitárias ao longo do Tempo Pascal, as leituras bíblicas narrarão os encontros de Cristo Ressuscitado com os seus discípulos e os cânticos recordarão a todos a alegria da Páscoa.

A caminho da Páscoa

Chegou a Primavera à colina! Se ainda não recomeçaram as grandes multidões, o aproximar das festas pascais sente-se cada vez mais. Entre os grupos que visitaram Taizé nestes últimos dias, viu-se a presença de crianças da região, para um dia de encontro com o tema «despertar para a fé», e um grupo de jovens alemães deficientes, muito contentes por poderem ajudar nos trabalhos práticos e encontrar outros jovens. Um jovem que estava em Taizé nesses dias dizia que via neste grupo de deficientes como que um reflexo da alegria que vem de Deus.

Os preparativos para as grandes semanas que se aproximam têm marcado estes últimos dias. Foram montadas mais de cinquenta tendas com a ajuda dos jovens de passagem por Taizé; a grande cozinha voltou a abrir e os voluntários estão a preparar-se para coordenar o acolhimento e os trabalhos práticos.

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Março: a Quaresma, na alegria de nos voltarmos para Deus

Ao longo de todo o mês de Março, a Comunidade e os encontros vivem ao ritmo da Quaresma. Durante estas semanas, a oração comunitária tem um toque particular, com as introduções cantadas e os responsórios adaptados a este tempo litúrgico. Entre os que visitaram a colina, os jovens dos Estados Unidos foram durante alguns dias os mais numerosos; notou-se também a passagem de um grupo de pastores da Indonésia.

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A distribuição do pequeno-almoço

Na quarta-feira de cinzas, dia de entrada na Quaresma, durante a oração da noite, os irmãos fizeram o sinal da cruz com cinzas na testa de todos os jovens presentes, dirigindo a cada um, pessoalmente, estas palavras: «Confia no Evangelho». Esta expressão é inspirada das palavras de Jesus em Marcos 1,15: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: voltai-vos para Deus e confiai no Evangelho.» Nesse dia, o irmão Alois disse esta oração:

Deus de bondade, hoje ouvimos o teu chamamento: «Voltai a mim com todo o vosso coração.» Em frente a ti, reconhecemos que muitas vezes nos falta a caridade. Mas tu conheces as nossas provações e a nossa pobreza e, sem medo, nós voltamo-nos para ti, pois tu és ternura e compaixão. E a alegria do teu perdão torna-se a nossa vida.

Uma visita ao Conselho Ecuménico das Igrejas em Genebra

No início de Março, o irmão Alois, juntamente com alguns irmãos e um grupo de jovens, esteve em Genebra, para um tempo de partilha com o Secretário-Geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, Olav Fykse Tveit, e os responsáveis da Federação Luterana Mundial e da Comunhão Mundial das Igrejas da Reforma, Martin Junge e Christine Greenaway.

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A oração comunitária na capela do centro ecuménico

Depois desta visita, alguns voluntários que lá estiveram escreveram estes ecos:

- Clément (França). «Depois do acolhimento, reunimo-nos para uma oração como em Taizé, rica de um grande sentimento de comunhão com os nossos hóspedes. Depois visitámos os principais locais do centro ecuménico…»

- Ola (Polónia). «No início falámos sobre como vivemos o ecumenismo em Taizé, Genebra ou Bossey. Depois um tempo de partilha em pequenos grupos permitiu quem todos falassem e expressassem as suas opiniões. No final voltámo-nos a reunir-nos para partilhar sobre os diferentes desafios com que nós, cristãos, nos deparamos num mundo contemporâneo e sobre o que podemos fazer para os enfrentar.»

Uma visão da vida partilhada com muitos outros

Tania (Ucrânia)

Viver sete meses em Taizé foi para mim o sinal de que pertenço a uma família verdadeiramente cristã. Agora tenho muitos irmãos e irmãs em todo o mundo. Descobri que viver cercada por crentes na vida quotidiana é um grande dom. Às vezes pode ser bastante desafiador tentar viver a fé na sociedade. Mas quando sabemos que a nossa visão da vida é partilhada com muitos outros, torna-se mais fácil sermos fiéis a nós próprios. Assim, compreendi que mais do que o sangue ou a língua, é a fé que torna as pessoas próximas numa mesma família.

Pessoalmente, outro grande dom que recebi em Taizé foi a oração em silêncio. Não muito longo, mas também não demasiado curto, apenas o suficiente para um diálogo sincero com Deus. Ao rezar regularmente, compreendi melhor como, através da Bíblia, Deus nos pode apoiar e guiar todos os dias.

Quinta-feira 1 de Março de 2012
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Um grupo de jovens a montar uma tenda


Fevereiro: no frio invernal

Tal como em toda a Europa, o frio invernal instalou-se na colina da Borgonha. Longe das grandes cidades, a oração dos irmãos e dos jovens une-se àqueles que sofrem por causa das difíceis condições climáticas, em particular os que não têm abrigo nas sociedades desenvolvidas. Um grupo de jovens órfãos polacos, vindos da região de Lublin, chegou a Taizé depois da passagem de vários grupos de Checos, que estiveram em Taizé no princípio de Fevereiro. Com o início das férias escolares, os jovens do Sul de França são agora os mais numerosos. E na próxima semana serão os portugueses: 550 virão de Portugal para festejar o Carnaval e celebrar o início da Quaresma na colina.

A pastora Sophie Schlumberger passou um dia em Taizé, para visitar a Comunidade, e partilhou com os irmãos sobre a animação bíblica e os temas que se estão a preparar para os próximos meses de encontros. O seu marido, o pastor Laurent Schlumberger, presidente do Conselho Nacional da Igreja Reformada de França, teve um encontro com os jovens voluntários.


Confiança entre os homens

Lorenz (Alemanha)

Durante a nossa semana de reflexão, no início de Fevereiro, abordámos o tema da «confiança entre os homens». Depois de alguns dias de partilha sobre o valor e as dificuldades da confiança nas relações entre pessoas e sobre como viver a confiança, encontrámos o pastor Laurent Schlumberger, que estava de passagem em Taizé.

Reflectindo sobre o tema da confiança, o pastor Laurent ajudou-nos a estar mais conscientes do amor incondicional de Deus por cada ser humano, independentemente de todos os seus actos e decisões. De forma clara e insistente, ele expôs-nos esta convicção: é Deus que dá um sentido à vida de cada pessoa, que dá um lugar a cada um.

Mas, concretamente, como podemos compreender qual é esse lugar que Deus nos dá? A sua resposta foi surpreendente: «Não sei… nem estou preocupado com isso.» Porque o facto de Deus se encarregar de nós não se pode desligar da confiança que ele tem em cada um de nós. Uma confiança que permite que nos reconheçamos como filhos de Deus, que nos ajudar a ter confiança uns nos outros e a amar-nos mutuamente.

Surgiram várias perguntas: Como posso ter a certeza que Deus confia em mim? Qual a relação entre a confiança, o egoísmo e a desconfiança, que parecem ser tão naturais para o ser humano? Reflectimos todos juntos sobre as possíveis respostas, até que a hora avançada nos obrigou a terminar esta interessante tarde de encontro e reflexão.


Janeiro: os encontros de jovens recomeçaram

Depois de Berlim, os irmãos, as irmãs e os voluntários regressaram a Taizé. O acolhimento recomeçou logo e os encontros de jovens decorrem agora no seu ritmo habitual. Entre outros, esteve em Taizé um grupo de trinta jovens presbiterianos dos Estados Unidos. No domingo da Epifania, depois da celebração da Eucaristia, os irmãos e todas as pessoas presentes saíram juntos da igreja da Reconciliação para ir cantar uma última vez em frente ao presépio. No dia 12 de Janeiro, dois anos depois do tremor de terra no Haiti, a oração foi em particular comunhão com este povo.

Deus de bondade, concede-nos acolher a tua misericórdia e que ela transborde na nossa vida junto daqueles que encontramos. Confiamos-te hoje particularmente o povo do Haiti e aqueles que trabalham na reconstrução deste país. E agradecemos-te pela fé e pela perseverança que mantém de pé este querido povo.

Rezar todos os dias pela unidade dos cristãos

Mikaël (França, Toulouse)

No Encontro de Berlim, o irmão Alois falou nos retiros de silêncio que são propostos em Taizé. No mês de Janeiro fiz essa experiência, passando uma semana na casa para os rapazes chamada «Le Puits».

Durante a semana, descobri muitas coisas sobre a minha vida, sobre mim e sobre a Bíblia. A procura do anúncio da morte e da ressurreição de Cristo nas diferentes passagens da Bíblia ajudaram-me a estar mais consciente da importância da pessoa de Jesus na história do mundo e também na minha vida. Graças à atenção de dois voluntários que se encarregavam das refeições durante a semana e ao acompanhamento feito por um irmão de Taizé, consegui atingir em alguns dias um relativo silêncio interior, num face a face comigo mesmo que despertou muitas coisas. Pude encontrar na minha personalidade aspectos muito positivos, mas esta solidão também trouxe luz a traços menos ilustres do meu carácter, aos quais agora devo estar mais atento.

Também aproveitei das longas tardes para passear nos campos à volta de Taizé e para meditar nas igrejas das aldeias vizinhas. Encontrei neste contacto com a natureza uma vida mais serena e um ritmo mais humano, que vou procurar manter mesmo em ambientes completamente diferentes. Foi uma experiência muito enriquecedora. E no último dia, depois da Eucaristia, estava cheio de alegria por poder de novo falar e rir com os meus amigos!


Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2012
Última actualização: 24 de Dezembro de 2012
Se participares nos encontros em Taizé e quiseres propor um texto ou uma ilustração para esta página, podes contactar echoes taize.fr.
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