A Comunidade hoje

A Comunidade de Taizé reúne hoje cerca de oitenta irmãos, de diferentes origens eclesiais – católicos, anglicanos, protestantes – e de quase trinta países. Pela sua própria existência, é uma «parábola de comunidade»: um sinal concreto de reconciliação entre cristãos divididos e entre povos separados.
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A maioria dos irmãos vive na aldeia de Taizé, em França, na Borgonha. Outros irmãos, enviados em missão, partilham as condições de vida de quem os rodeia na Ásia, em África, na América Latina e num bairro dos subúrbios de Paris. Simples presença entre a população e inseridas nas Igrejas locais, estas pequenas fraternidades de alguns irmãos permanecem provisórias por natureza.

Ao longo do ano, a Comunidade acolhe dezenas de milhares de jovens, oriundos da Europa e também de outros continentes. Vêm para encontros de uma semana, durante os quais fazem uma experiência de oração e de vida comunitária, com momentos de reflexão bíblica e de partilha com outros, num ambiente onde podem questionar-se sobre as suas vidas e o seu futuro.

Desde 1978 que a Comunidade anima um Encontro Europeu de Jovens no final do ano, numa cidade diferente do continente todos os anos, a convite das Igrejas locais. Este tipo de encontros que reúnem jovens também acontecem em África, na Ásia e nas Américas. Várias peregrinações a países de tradição ortodoxa permitiram aos jovens descobrir os tesouros deste património.

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Ao longo das décadas, vários responsáveis de Igrejas passaram por Taizé. O Papa João Paulo II veio a Taizé em 1986, o Patriarca Ecuménico Bartolomeu de Constantinopla em 2017 e, desde 1973, quatro arcebispos de Cantuária. Os catorze bispos luteranos da Suécia estiveram duas vezes em Taizé, em 1994 e 2022, e os bispos luteranos da Finlândia em 2024. Metropolitas e bispos de várias Igrejas Ortodoxas, e numerosos bispos e pastores de todo o mundo, também visitaram Taizé.

Juntamente com os irmãos, as irmãs de Santo André, uma Comunidade Católica internacional fundada há mais de sete séculos, e as irmãs Ursulinas polacas, assumem uma parte significativa das tarefas relacionadas com o acolhimento dos jovens.

Os irmãos da Comunidade vivem apenas do seu trabalho. Não aceitam doações ou heranças pessoais para si mesmos.

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Após a dramática morte do irmão Roger, a 16 de agosto de 2005, durante a oração da noite, aos 90 anos, o irmão Alois, que ele tinha escolhido como seu sucessor há muitos anos, continuou o trabalho do fundador da Comunidade, animando com os irmãos encontros de jovens em Taizé e em todos os continentes. Participou também em numerosos encontros ecuménicos e visitou em diversas ocasiões responsáveis católicos, ortodoxos e protestantes, para manter laços de comunhão e de amizade com as suas Igrejas.

Em 2019, o irmão Alois tornou públicas as acusações de violência sexual envolvendo irmãos e a Comunidade começou um «Trabalho da Verdade» [https://www.taize.fr/fr_rubrique3861.html]. Posteriormente, a comunicação inicial do irmão Alois foi regularmente atualizada à medida que outros testemunhos chegavam à Comunidade. Este comprometeu-se a publicar anualmente um relatório sobre o ano anterior, elaborado por uma equipa independente responsável pela receção e acompanhamento de reportes. Uma formação contínua à protecção das pessoas faz agora parte da vida de irmãos, irmãs, voluntários e funcionários para que Taizé possa ser um lugar seguro para quem lá chega.

No dia 2 de dezembro de 2023, o irmão Alois transmitiu o seu cargo de Prior ao irmão Matthew, de nacionalidade britânica e fé anglicana, em Taizé desde 1986.

«Abençoa-nos, Jesus Cristo, nós e todos aqueles que nos confiaste.
Mantém-nos no espírito das Bem-aventuranças,
a alegria,
a simplicidade,
a misericórdia.»

As fontes de Taizé

Printed from: https://www.taize.fr/pt_article6561.html - 25 April 2025
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