• >
  • Às fontes da Fé >
  • Meditações e reflexões >
  • Retratos de testemunhas de Cristo >
  • A actualidade de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945)
  Português
  • A Comunidade
  • Às fontes da Fé
  • Vir a Taizé
  • No mundo


 
  • Oração
    • Orações em directo de Taizé
    • Leituras bíblicas para cada dia
    • Rezar Juntos
    • Pedidos de oração
    • Informações
    • Os jovens e a oração em Taizé
    • O valor do silêncio
    • Como preparar uma oração?
      • Esquema de uma oração
      • Vigília de oração pelo cuidado da Criação
      • Preparar um local acolhedor para uma oração meditativa
      • Os ícones
  • Os cânticos
    • Os cânticos meditativos
    • Aprender cânticos
  • Meditações e reflexões
    • Um caminho de Evangelho junto à fonte de Santo Estevão
    • Artigo do irmão Alois: Cinco anos depois de Laudato Si’
    • Quaresma 2020: Mensagem do irmão Alois
    • «Uma realidade muito simples»
    • Breve meditação do dia
    • Textos bíblicos com comentário
    • Questões sobre a fé e a Bíblia
      • O baptismo
      • As crianças: O que significa «acolher o reino de Deus como uma criança»?
      • A Igreja
      • Igreja e estado: De acordo com a Bíblia, qual deve ser a atitude do crente face à sociedade que o rodeia?
      • Os mandamentos
      • O Cosmos: Qual o lugar do ser humano no universo?
      • A Cruz
      • O que nos permite dizer que Cristo morreu «por nós»?
      • As religiões e o Evangelho
      • A Eucaristia
      • Um workshop em Taizé: A Eucaristia vista por um cristão do século II
      • O que significa evangelizar?
      • A fé
      • Como fala o Novo Testamento sobre a fé?
      • Qual a especificidade da fé cristã?
      • O temor de Deus
      • Se Jesus sabia que Judas o ia trair, por que razão ficou com ele até ao fim no círculo dos seus mais próximos?
      • Será que perdoar significa esquecer?
      • Será que permaneço livre se obedeço a um chamamento de Cristo?
      • A Liberdade: Será que tudo o que acontece está decidido antecipadamente por Deus?
      • Teremos o direito de estar felizes quando outras pessoas sofrem?
      • Um cristão deve acreditar no inferno?
      • A esperança
      • Não julgueis: Porque é que Jesus diz aos seus discípulos para não julgarem?
      • Amar os inimigos
      • A misericórdia
      • Se Deus é misericordioso, porque é que a Bíblia contém ameaças?
      • A presença de Deus: Se Deus está presente em todas as pessoas, o que é que a Fé acrescenta?
      • Quais os pressupostos para um verdadeiro diálogo entre cristãos de diferentes tradições?
      • Como poderemos conciliar diversidade e reconciliação?
      • O pecado
      • O sofrimento dos inocentes
      • As diferenças entre cristãos são um problema ou uma riqueza?
      • O mundo: Poderemos verdadeiramente melhorar o mundo?
      • Se acreditamos na vida eterna, porque estamos interessados no futuro do nosso planeta?
    • Retratos de testemunhas de Cristo
      • Santo Ireneu de Lyon
      • Madre Teresa
      • São João Crisóstomo (344 – 407): uma modernidade espantosa
      • Santo Agostinho (354-430)
      • A actualidade de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945)
      • Artigo do irmão Alois: 75º aniversário da morte de Dietrich Bonhoeffer
      • Um caminho de reconciliação: Irmão Roger
      • Jeremias
      • Doroteu de Gaza (século VI): humildade e comunhão
      • Franz Stock (1904-1948), Uma vida dedicada à reconciliação
      • Um profeta que consola (Isaías 40–55)
    • Os Cadernos de Taizé
      • 1. Eu creio, ajuda a minha pouca fé
      • 2. Salvos pela cruz de Cristo?
      • 3. Qual é a especificidade da fé cristã?
      • 4. Dialogar e partilhar com crentes de outras religiões
      • 6. Precisamos da Igreja?
      • 8. O pão do silêncio é a palavra
      • 9. As duas faces da cruz
      • 10. Irmão Roger, fundador de Taizé
      • 12. Vozes de Páscoa
    • Meditações semanais do irmão Alois
      • A igreja da Reconciliação tem cinquenta anos
      • Aniversário da morte do irmão Roger
      • Cristo Ressuscitado faz de nós pessoas apaixonadas pela comunhão
      • A fonte da esperança
      • Visitas para manter viva uma chama de esperança
      • Oração com Ameríndios Sioux do Dakota do Sul
      • O amor de Deus, fonte da solidariedade humana
      • A coragem de ser criador de paz
      • Em memória do irmão Roger
      • Em comunhão com os cristãos orientais
      • Cristo é a nossa esperança, ele está vivo.
      • Quando partilhamos, Deus dá-nos a alegria de viver
      • Jesus misericordioso sacia as nossas fomes e as nossas sedes
      • Meditação do irmão Alois: Promover uma fraternidade universal
      • Meditação do irmão Alois: Sejamos artesãos de paz aonde vivemos
      • A fraternidade começa pela escuta do outro
      • Meditações em Taizé no Verão de 2016
      • Meditações em Taizé no Verão de 2017
      • Cristo chama-nos a ser, juntos, um sinal da sua paz entre os Homens.
      • Meditações em Taizé no Verão de 2018
      • Páscoa 2019: Ousemos deixar explodir a alegria da ressurreição
      • Meditações em Taizé em 2019
      • Páscoa 2020: Surge uma nova luz
    • A Carta do ano
      • Irmão Alois 2021: Manter a esperança em tempo propício e fora dele
      • Irmão Alois 2020: Sempre a caminho, mas nunca desenraizados
      • irmão Alois 2019: Não esqueçamos a hospitalidade!
      • Irmão Alois 2018: Uma alegria que nunca se esgota
      • irmão Alois 2017: Juntos, abrir caminhos de esperança
      • irmão Alois: Um apelo aos responsáveis das Igrejas para 2017
      • irmão Alois 2017: Rumo à unidade do continente europeu
      • irmão Alois 2016: A coragem da misericórdia
      • Taizé 2015
      • irmão Alois 2012-2015: Rumo a uma nova solidariedade
      • Irmão Alois 2015: Quatro propostas para «ser sal da terra»
      • irmão Alois 2014: Quatro propostas para procurar a comunhão visível de todos os que amam Cristo
      • irmão Alois 2013: Quatro propostas para desobstruir as fontes da confiança em Deus
      • irmão Alois 2011: Carta do Chile
      • irmão Alois 2010: Carta da China
      • irmão Alois 2009: Carta do Quénia
      • Por uma Europa aberta e solidária
      • irmão Alois 2008: Carta de Cochabamba
      • irmão Alois: Carta a quem gostaria de seguir Cristo
      • irmão Alois: Apelo à reconciliação dos cristãos
      • irmão Alois 2007: Carta de Calcutá
      • 2006: Carta por acabar do irmão Roger
      • irmão Roger 2005: Um Futuro de Paz
    • A Carta de Taizé - testemunhos
      • Partilhar o que temos
      • O que fizeste da tua liberdade?
      • Por uma terra fraterna
      • Uma opção pela alegria
      • Uma compaixão sem limites
      • O desejo do perdão
    • Rumo a uma nova solidariedade
      • «Rumo a uma nova solidariedade»: 2012-2015: Um caminho para três anos
      • Grupo de reflexão «Rumo a uma nova solidariedade»: Aprofundar a reflexão
      • Temas
        • Transpor os muros de separação
        • Solidariedade com toda a criação
        • Indignação, passividade ou compromisso
        • Paz aos que estão perto
      • Ouvindo os jovens...
        • À escuta dos jovens da Ásia
        • À escuta dos jovens da Europa
        • À escuta dos jovens da América
        • À escuta dos jovens da Oceânia
  • Meditações bíblicas on-line
    • «Vou realizar algo de novo»
    • «O melhor em nós constrói-se através de uma confiança muito simples»
    • «Estás livre da tua enfermidade.»
Um retrato
 

A actualidade de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945)

Dietrich Bonhoeffer, um jovem pastor que simboliza a resistência alemã contra o nazismo, encontra-se entre aqueles que nos podem ajudar no nosso caminho de Fé. Nas horas mais sombrias do Séc. XX, ele deu a sua vida como mártir. Na prisão, escreveu estas palavras que hoje cantamos em Taizé: «Senhor, reúne os meus pensamentos em direcção a ti. Junto a ti se encontra a luz, tu não me esqueces. Junto a ti está o auxílio, junto a ti se encontra a paciência. Não compreendo os teus desígnios, mas tu sabes qual o caminho para mim.»

Aquilo que mais toca em Bonhoeffer é a forma como ele se aproxima dos Padres da Igreja, dos pensadores cristãos dos primeiros séculos. Os Padres da Igreja fizeram toda a sua pesquisa procurando a unidade da vida. Eles conseguiram reflectir intelectualmente, de forma extremamente profunda, mas ao mesmo tempo rezaram muito e integraram-se profundamente na vida da Igreja do seu tempo. Em Bonhoeffer encontramos o mesmo. Intelectualmente, ele era quase sobredotado. Mas, simultaneamente, era um homem que rezava imenso. Meditou sobre as escrituras todos os dias, até ao fim da sua vida. Compreendeu-as como Gregório o Grande um dia disse: como se fossem uma carta que Deus lhe havia enviado. Apesar de ser oriundo de uma família onde os homens – o seu pai e irmãos – eram praticamente agnósticos, e apesar da sua Igreja, a Igreja Protestante Alemã, o ter desiludido imenso durante o nazismo e de ele ter sofrido com isso, viveu plenamente na Igreja.

Gostava de mencionar três dos seus escritos:

A sua tese de doutoramento, Sanctorum Communio, possui algo de excepcional para a época. Um jovem estudante, de 21 anos, escreve uma reflexão dogmática sobre a sociologia da Igreja a partir de Cristo. Reflectir, a partir de Cristo, sobre o que a Igreja deve ser, parecia inconveniente. Muito mais do que uma instituição, para ele a Igreja é Cristo existindo na forma de Igreja. Cristo não está um pouco presente através da Igreja; não. Ele existe para nós, hoje, na forma de Igreja. É extremamente fiel a São Paulo. Foi este Cristo que tomou o nosso destino nas suas mãos, que ocupou o nosso lugar. Esta forma de agir de Cristo subsiste como lei fundamental da Igreja: tomar o lugar daqueles que foram excluídos, dos que ficaram de fora, tal como Jesus fez durante o seu ministério e no momento do seu baptismo. É muito bonito observar a forma como este livro fala de intercessão: é como o sangue que circula no Corpo de Cristo. Para expressar isso, Bonhoeffer apoia-se em teólogos ortodoxos. E também fala da confissão (que na altura praticamente não se praticava nas Igrejas Protestantes). É difícil imaginar: um jovem de 21 anos afirmar que é possível a um pastor da Igreja dizer «os teus pecados estão perdoados» e afirmar que isso faz parte da essência da Igreja. Que novidade no contexto em que ele vivia!

O segundo escrito é um livro que ele escreveu quando foi convidado para director de um seminário para estudantes de teologia, que se preparavam para um ministério na «Igreja Confessante», homens que tinham que se preparar para uma vida muito dura. Tiveram quase todos que enfrentar a Gestapo; alguns foram presos. Em alemão, o título é muito curto: «Nachfolge» («seguir»). O título diz tudo sobre o livro. Como podemos acolher seriamente o que Jesus disse? Como não colocar as suas palavras de lado, como se fossem ensinamentos para outros tempos? O livro diz: seguir não tem nenhum método. Gostaríamos que Jesus tivesse elaborado um programa. Mas não! Seguindo-o, tudo vai estar dependente da nossa relação com ele: é ele que avança e nós seguimo-lo.

Seguir, para Bonhoeffer, significa reconhecer que se Jesus é quem diz ser, então ele tem uma palavra a dizer em todos os aspectos da nossa vida. Ele é o «mediador». Nenhuma relação humana pode ter prevalência sobre ele. Bonhoeffer cita as palavras de Cristo que nos dizem para deixar pais, família e todos os bens. Hoje, isso assusta-nos um pouco e algumas pessoas criticaram esse aspecto do livro: será que Bonhoeffer não apresenta uma imagem de Cristo demasiado autoritária? Contudo, podemos ler no Evangelho o quão as pessoas ficaram abismadas com a autoridade demonstrada por Jesus quando ensinava ou expulsava espíritos malignos. Há uma autoridade em Jesus. No entanto, ele diz ser muito diferente dos Fariseus, manso e humilde de coração, ou seja, alguém que passa por provações e que é inferior a nós. Foi assim que ele sempre se apresentou e é por detrás desta humildade que se encontra a verdadeira autoridade.
Todo o livro se estrutura dessa forma: ouvir com fé e colocar em prática. Se escutarmos com fé, se nos apercebermos que é Cristo quem fala, não podemos não pôr em prática o que ele diz. Se a fé parasse antes de ser colocada em prática, já não seria fé. Limitaria Cristo, que tínhamos escutado. Claro que nas palavras de Bonhoeffer isto parece demasiado forte, mas será que a Igreja não precisa sempre dessa escuta? Uma escuta simples. Uma escuta directa, imediata, que acredita ser possível fazer o que Jesus pede.
O terceiro escrito são as suas famosas cartas da prisão, «Résistance et soumission». Num mundo onde ele percebe que Deus não é reconhecido, num mundo sem Deus, Bonhoeffer faz a seguinte pergunta: como vamos falar dele? Vamos tentar criar enclaves de cultura cristã, olhando para o passado com uma certa nostalgia? Tentaremos criar necessidades religiosas em pessoas que aparentemente não as têm? Podemos dizer que hoje existe um renascer do interesse pela religião, mas por vezes apenas para atribuir algum cariz religioso à vida. Seria desonesto da nossa parte criar explicitamente uma situação na qual as pessoas precisariam de Deus.

Como podemos então falar hoje de Cristo? Bonhoeffer responde: através da nossa vida. É impressionante a forma como ele descreve o futuro ao seu afilhado: «Está próximo o dia em que talvez seja impossível falar abertamente, mas rezaremos, faremos o que está certo, e o tempo de Deus chegará.» Bonhoeffer acreditava que a linguagem de que precisamos nos será dada pela vida. Podemos todos sentir hoje uma grande dificuldade em abordar, mesmo junto daqueles que nos estão mais próximos, a redenção através de Cristo, a vida após a morte ou, ainda mais dificilmente, a Santíssima Trindade. Tudo isso está longínquo para pessoas que, de alguma forma, já não precisam de Deus. Como poderemos ter a confiança de que se vivermos as nossas vidas radicadas em Cristo, a linguagem ser-nos-á dada? Não o será se quisermos tornar o Evangelho acessível diminuindo-o. Não, a linguagem ser-nos-á dada se verdadeiramente o vivermos.

Nas suas cartas, bem como no seu livro sobre seguir Cristo, tudo termina duma forma que é quase mística. Ele não gostaria que disséssemos isto, mas quando se trata de uma questão de estar com Deus sem Deus, podemos pensar em São João da Cruz ou em Santa Teresa de Lisieux, naquele difícil período que ela atravessou no fim da sua vida. Era isso que Bonhoeffer queria: ficar com Deus sem Deus. Ousar ficar junto a ele quando ele é rejeitado, negado. Tal confere uma certa gravidade ao que ele escreveu. No entanto, é bom saber que ele era optimista. A sua visão do futuro continha algo de libertador para os cristãos. Ele confiava. A palavra confiança aparece frequentemente nas cartas que ele escreveu na prisão.

Na prisão, Bonhoeffer gostaria de ter escrito um comentário ao Salmo 119, mas apenas chegou à terceira estrofe. Nesse Salmo há um versículo que resume bem o que Bonhoeffer viveu: «Tu estás perto, Senhor, todos os teus mandamentos são verdadeiros». Dietrich Bonhoeffer viveu com a certeza de que Cristo está realmente próximo, em todas as situações, mesmo as mais difíceis. «Tu estás perto, Senhor, todos os teus mandamentos são verdadeiros.» Podemos acreditar que todos os teus mandamentos são não apenas verdadeiros, mas dignos da nossa total confiança.

irmão François, de Taizé

Última actualização: 29 de Junho de 2007

Leitura bíblica do dia

Dom., 17 de Janeiro
Jesus disse aos primeiros discípulos: «Que buscais?» Eles disseram-lhe: «Mestre, onde moras?» Ele respondeu-lhes: «Vinde ver.»
Jo 1,35-42
Ver mais...

Agenda

28 de Dezembro de 2021 - 1 de Janeiro de 2022, Itália:
O próximo Encontro Europeu será em Turim

Eventos recentes

27 de Dezembro de 2020 - 1 de Janeiro, Itália:
Um evento inédito em Taizé e on-line no final de 2020
 Procurar eventos

Informações

Your browser does not support the audio element.

20 de Agosto de 2020

Your browser does not support the audio element.

13 de Agosto de 2020

Ver mais...

O trabalho dos irmãos

O trabalho dos irmãos

A Comunidade

  • Notícias recentes
  • Visita do Patriarca Bartolomeu a Taizé
  • Vocação e história
  • Irmão Roger, o fundador de Taizé
  • Outros artigos
  • Os irmãos que vivem fora de Taizé
  • O trabalho dos irmãos
  • Solidariedade
  • Celebrações em 2015: rumo a uma nova solidariedade

Às fontes da Fé

  • Oração
  • Os cânticos
  • Meditações e reflexões
  • Meditações bíblicas on-line

Vir a Taizé

  • Protecção das pessoas
  • Encontros em Taizé
  • Informações para 2021
  • Informações para 2020
  • Para chegar a Taizé
  • Multimédia
  • Encontros on-line
  • Notícias recentes

No mundo

  • Portugal
  • Timor
  • Pequenas fraternidades provisórias
  • África
  • Américas
  • Ásia - Pacífico
  • Europa
  • Médio Oriente

Copyright © Ateliers et Presses de Taizé

Este site

[ topo | Planta do sítio | Outras línguas]

  • Contacto
  • Horário das orações em Taizé
  • Notícias por e-mail
  • Copyright