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Março de 2016

Artigo do irmão Alois

O irmão Alois escreveu um artigo sobre a questão dos refugiados na Europa, que foi publicado em vários jornais europeus.

Lista dos jornais que publicaram o artigo:

  • Magyar Nemzet (Hungria)
  • Dennik N (Eslováquia)
  • Lidove noviny (República Checa)
  • Przewodnik Katolicki (Polónia)
  • La Croix (França)
  • La Libre Belgique (Bélgica)
  • Nederlands Dagblad (Holanda)
  • Church Times (Inglaterra)
  • Avvenire (Itália)
  • Público (Portugal)

Perante as migrações, ultrapassemos o medo!

No mundo inteiro, há homens, mulheres e crianças que são obrigados a deixar a sua terra. A angústia que vivem cria neles a motivação de partir. E esta motivação é mais forte que todas as barreiras erguidas para lhes impedir o caminho. Posso dar testemunho disso por ter passado recentemente alguns dias na Síria. Em Homs, a extensão das destruições causadas pelos bombardeamentos é inimaginável. Uma grande parte da cidade está em ruínas. Vi uma cidade fantasma e ressenti o desespero dos habitantes do país.

Hoje são os Sírios que afluem à Europa, amanhã serão outros povos. Os grandes fluxos migratórios a que assistimos são invencíveis. Não nos apercebermos disso seria uma demonstração de miopia. Procurar regular estes fluxos é legítimo e mesmo necessário, mas querer impedi-los construindo muros de arame farpado é absolutamente inútil.

Perante esta situação, o medo é compreensível. Resistir ao medo não significa que este deva desaparecer, mas sim que não devemos deixar que nos paralise. Não permitamos que a rejeição do estrangeiro se introduza nas nossas mentalidades, pois recusar o outro é o germe da barbárie.

Numa primeira etapa, os países ricos deveriam tomar uma consciência mais clara de que têm a sua parte de responsabilidade nas feridas da História que provocaram e continuam a provocar imensas migrações, nomeadamente de África ou do Médio Oriente. E, hoje, algumas escolhas políticas permanecem fonte de instabilidade nestas regiões. Uma segunda etapa deveria levar estes países a ir além do medo do estrangeiro e das diferenças de culturas, colocando-se corajosamente a moldar o novo rosto que as migrações já dão às nossas sociedades ocidentais.

Em vez de ver no estrangeiro uma ameaça para o nosso nível de vida ou a nossa cultura, acolhamo-lo como membro da mesma família humana. E assim compreenderemos que, apesar de criar certamente dificuldades, o afluxo de refugiados e de migrantes também pode ser uma oportunidade. Estudos recentes mostram o impacto positivo do fenómeno migratório, tanto para a demografia como para a economia. Porque será que tantos discursos salientam as dificuldades sem dar valor ao que há de positivo? Os que batem à porta dos países mais ricos que o seu levam estes países a tornar-se solidários. Será que não os ajudam a tomar um novo impulso?

Gostaria de situar aqui a nossa experiência de Taizé. É humilde e limitada, mas muito concreta. Desde Novembro do ano passado, em colaboração com as autoridades e algumas associações locais, acolhemos em Taizé onze jovens migrantes do Sudão – a maioria deles do Darfur – e do Afeganistão, vindos da «selva» de Calais. A sua chegada despertou uma impressionante vaga de solidariedade na nossa região: há voluntários que vêm ensinar-lhes francês, médicos que os tratam gratuitamente, vizinhos que os levam a fazer passeios e a dar voltas de bicicleta… Rodeados por tanta amizade, estes jovens, que atravessaram acontecimentos trágicos nas suas vidas, estão aos poucos a reconstruir-se. E este contacto simples com muçulmanos muda o olhar das pessoas que os encontram.

Na nossa aldeia, os jovens também foram acolhidos por famílias de vários países – Vietnam, Laos, Bósnia, Ruanda, Egipto, Iraque – que chegaram a Taizé ao longo de décadas e que fazem hoje parte integrante do nosso ambiente. Todos eles conheceram grandes sofrimentos, mas trazem à nossa aldeia muita vitalidade graças à riqueza e à diversidade das suas culturas.

Se uma experiência destas é possível numa pequena região, porque não haveria de ser numa escala muito mais ampla? É um erro pensar que a xenofobia é o sentimento mais partilhado, muitas vezes o que há é muita ignorância. Assim que os encontros pessoais se tornam possíveis, os medos dão lugar à fraternidade. Esta fraternidade implica pormo-nos no lugar do outro. A fraternidade é o único caminho de futuro para preparar a paz.

Assumindo juntos as responsabilidades exigidas pela vaga de migrações, em vez de brincarem com os medos, os responsáveis políticos poderiam ajudar a União Europeia a reencontrar uma dinâmica entorpecida.

Há toda uma jovem geração europeia que aspira a esta abertura. Nós, que acolhemos há muitos anos, na nossa colina de Taizé, dezenas de milhares de jovens de todo o continente para encontros internacionais de uma semana, podemos constatar isso mesmo. Aos olhos destes jovens, a construção europeia apenas encontra o seu verdadeiro sentido mostrando-se solidária com os outros continentes e com os povos mais pobres.

Há muitos jovens europeus que não conseguem compreender os seus Governos quando estes manifestam vontade de fechar as fronteiras. Pelo contrário, estes jovens pedem que a uma mundialização da economia seja associada uma mundialização da solidariedade e que esta se expresse em particular através de um acolhimento digno e responsável dos migrantes. Muitos destes jovens estão dispostos a contribuir para esse acolhimento. Ousemos acreditar que a generosidade também tem um papel importante a desempenhar na vida urbana.

Uma horta solidária em Taizé

Nestes últimos anos, os encontros internacionais em Taizé e noutros lugares em todos os continentes têm procurado aprofundar a procura de novas formas de solidariedade na sociedade de hoje. A nossa atenção para com a Criação é um destes aspectos. Como o irmão Alois escreveu aos jovens numa das suas recentes propostas, «a terra pertence a Deus; os seres humanos recebem-na como um dom. Uma enorme responsabilidade recai sobre nós: cuidar do planeta, para não desperdiçar recursos. A terra é limitada e os seres humanos devem também admitir estes limites.»


Um fruto desta reflexão – muito humilde, mas concreto – foi a criação de uma «horta solidária» em Taizé.

Jovens, juntamente com um irmão, revezam-se semana após semana para trabalhar a terra desta horta. Os legumes colhidos são doados a associações de caridade, que organizam a sua distribuição em diferentes terras perto de Taizé.

O irmão Alois passou o Natal na Síria

Na véspera de começar o Encontro Europeu de Valência, o irmão Alois chegou a Espanha directamente da Síria. Passou o Natal em Homs, junto dos que sofrem por causa da violência numa cidade em ruínas. Antes tinha estado uns dias em Beirute, com dois irmãos que lá estão há dois meses, visitando refugiados.

Na segunda-feira à noite, o irmão Alois vai falar da sua viagem ao Médio Oriente durante a sua primeira meditação dirigida aos jovens participantes no Encontro Europeu.

A Semana Santa em Taizé

Domenico (Itália)

No domingo de manhã, debaixo de um céu nublado, peregrinos de confiança de diferentes idades e nacionalidades reuniram-se junto à Fonte de Saint-Etienne. Os irmãos chegaram carregando ramos para celebrar a tradicional oração de Domingo de Ramos. Foi uma grande alegria orar e cantar debaixo das árvores a florir da Borgonha. Mais tarde, a procissão teve início na Fonte até à Igreja, com mais de cerca de mil pessoas em fila, rezando juntas ao Senhor, a uma só voz. Chegados à Igreja, começou a Eucaristia com a sua típica polifonia de línguas. À tarde grupos de jovens oriundos da Alemanha e de Portugal e de muitos outros países chegaram a Taizé. Vão passar uma semana de oração e de grande alegria, envoltos no espírito de solidariedade. Esta é a semana mais importante do ano para todos nós e nós vamos celebrá-la em comunhão e simplicidade, esperando a Ressurreição de Cristo.
 
É a primeira vez que vejo a colina vestida de inverno.
Tudo parece bem diferente mas é possível sentir a magia única deste lugar. A chuva está frequentemente connosco, acompanhada de um vento ligeiro. As árvores estão despidas e sinto que elas mal podem esperar para usar as suas roupas de verão, enquanto algumas flores brancas começam já a dar as boas vindas aos peregrinos. À volta da igreja os meus olhos reencontram muitas caras conhecidas. A Semana Santa parece-me ser um tempo em que as pessoas, cuja vida foi profundamente influenciada por Taizé, voltam para sintonizar as suas almas e os seus corações ao diapasão da palavra de Deus. É possível ver isso durante a oração: toda a gente canta, desde o início até ao final da igreja e eles cantam durante horas e horas a fio. Podemos mesmo sentir que todas estas pessoas partilham algo, a sua fé e a alegria de um momento de diálogo rico e de reflexão.

Uma fotografia

Conferência de Quaresma em Paris

Domingo 8 de Março, o irmão Alois fez uma conferência de Quaresma na Notre-Dame de Paris, sobre o tema: «Uma vida que se torna sinal». O texto está disponível em francês no site da Diocese de Paris.

Recomeçaram os grandes encontros de jovens

Depois de um período mais calmo, como é habitual durante o Inverno, recomeçaram em Taizé os grandes encontros de jovens. Nestas duas últimas semanas, sucederam-se na colina mais de 3000 jovens, sobretudo grupos de escolas francesas e portuguesas, mas vieram também jovens da república Checa, da Coreia, dos Estados Unidos (entre eles, 30 de Nova Iorque), etc. Os maiores grupos franceses vieram de Toulouse, Saint-Denis e Lyon. Os bispos de Angers e Rodez vieram a acompanhar os jovens. Estão em Taizé esta semana mais de 1000 portugueses, com grandes grupos das dioceses de Santarém, Viseu e Aveiro e também alguns jovens de Lisboa, do Porto e de Coimbra.

No primeiro dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, no dia 18 de Janeiro, teve lugar em Taizé, na Igreja da Reconciliação, uma oração, na presença do bispo de Autun e do Pastor de Chalon-sur-Saône. Como o tema dessa semana tinha sido preparado por cristãos brasileiros, dois irmãos que viveram neste país animaram um ateliê sobre a vida na fraternidade de Alagoinhas.

Duas semanas mais tarde, no final do pequeno conselho anual da Comunidade, os irmãos passaram uma bela tarde em Chalon-sur-Saône, com uma oração numa igreja do centro da cidade e uma visita à comunidade muçulmana: foi importante viver aquele encontro e fazer a experiência do acolhimento caloroso do imã e dos crentes reunidos nesse sábado à tarde.

Ecos dos encontros


O Pasteur Laurent Schlumberger, presidente da Igreja Protestante Unida de França, esteve em Taizé para uma curta visita pessoal. Animou um ateliê sobre as consequências dos recentes acontecimentos trágicos em Paris. O Robin, um jovem francês, escreveu depois deste ateliê:

Os acontecimentos trágicos de Paris tocam-nos como homens, como crentes e como cristãos. A nossa partilha aprofundou a reflexão e abordou várias questões. Enquanto homens, ficamos chocados perante a violência e o medo. Enquanto crentes, a nossa solidariedade é total para com todos os muçulmanos que não se reconhecem nestes actos e que procuram, pelo testemunho da sua vida, mostrar que Deus é apenas amor. Finalmente, enquanto cristãos, temos uma sensibilidade muito especial perante a blasfémia e a caricatura. Jesus Cristo caricaturava a sociedade do seu tempo com as suas parábolas, foi julgado e condenado à morte por blasfémia, «porque se fez Filho de Deus» (João 19.7).
 
Depois das grandes manifestações de 11 de Janeiro, podemos ver, para lá da defesa da liberdade de expressão, um desejo de unidade e de diálogo. Numa sociedade com falta de referências e desamparada perante a violência, será que os cristãos não têm um papel nesta procura comum de fraternidade no seio da família humana? Será que ousamos dialogar com aqueles que nos estão próximos e também com os membros das comunidades muçulmanas que existem perto de nós?