TAIZÉ

Projectos apoiados pela Operação Esperança

Nesta secção são apresentados alguns projectos nos vários continentes apoiados pelo fundo de solidariedade «Operação Esperança».

Para enviar uma doação para a Operação Esperança, pode encontrar detalhes aqui.

Bangladesh | Apoio a várias escolas

A Operação Esperança apoia há vários anos algumas escolas em Mymensingh, no Bangladesh. Ao todo, há mais de 1500 crianças a estudar nestas escolas. Nelas, os jovens professores muçulmanos, hindus e cristãos, aprendem a trabalhar em conjunto. Todos eles são estudantes que precisam de dinheiro para pagar a faculdade. Estes estudantes compreendem que, se querem receber ajuda, é importante contribuírem com algo. Abdicam do seu tempo livre para ajudarem a que estas escolas para as crianças carenciadas possam continuar. Servir juntos os mais pobres alimenta o sentimento de pertencermos a uma só família humana.

Ver:
Pequenas escolas à volta de Mymensingh

Camboja | Um centro de acolhimento para doentes

Entre 2008 e 2020, a Operação Esperança enviou regularmente ajuda para apoiar um centro de acolhimento para doentes, criado pela paróquia do Menino Jesus em Boeng Tumpun, no Camboja. Procurando responder às necessidades dos pobres vindos das aldeias de diferentes províncias do país, a paróquia lançou este projecto que promove a dignidade das pessoas doentes e lhes faculta os tratamentos de que necessitam. Por ser perto da capital, Phnom Penh, este centro pode facilitar o acesso a hospitais, em caso de necessidade. Os dons permitem participar nos custos de hospitalização, mas também financiar o próprio centro, tanto para a remuneração do pessoal como para manter os locais, cobrir despesas de acolhimento e de medicamentos, etc.

Ver:
Visitas em Abril de 2013

Europa | Acolhimento de refugiados

Desde a sua criação, a comunidade de Taizé tem sido sempre atenta aos refugiados. Durante a Segunda Guerra Mundial, o irmão Roger acolheu discretamente pessoas em Taizé. Posteriormente foram acolhidas famílias, nomeadamente do Vietname, Laos, Bósnia e Ruanda. Nos últimos anos, a comunidade acolheu famílias do Iraque e da Síria, bem como grupos de jovens migrantes vindos de Calais.
Em 2016 permaneceram em Taizé jovens requerentes de asilo provenientes do Sudão, Sudão do Sul, Eritreia, Síria e Afeganistão. Este acolhimento tem sido possível graças à colaboração de muitos voluntários da região e de um apoio financeiro da Operação Esperança. A comunidade procura ajudar estes jovens a tornarem-se independentes depois de lhes ter sido concedido o estatuto de refugiado.

A Operação Esperança também apoia iniciativas de ajuda aos refugiados realizadas por associações que trabalham na região em torno de Taizé.

Laos | Um ateliê de costura

Em 2020 e 2021, a Operação Esperança apoia um projecto do «Lar Nazaré» em Vientiane, no Laos. A iniciativa deste projecto partiu de uma comunidade de irmãs laocianas que queriam dar um futuro às jovens de famílias pobres, incluindo as de minorias étnicas. No Laos, a costura continua a ser um campo que abre oportunidades de emprego. Desde 2017, estas irmãs desenvolveram uma formação em costura. As jovens são completamente atendidos pelo Lar Nazaré. A formação dura nove meses, após os quais podem encontrar um emprego na cidade ou regressar à sua aldeia e praticar o seu ofício. Devido à pandemia, algumas jovens que tinham encontrado trabalho na Tailândia tiveram de regressar ao Laos. Eles não têm nada, nem trabalho nem formação. Isto aumenta as necessidades do agregado familiar.

Burkina-Faso | Participação em vários projectos

Neste país do Sahel, onde a estação seca dura nove meses seguidos, a população utiliza poços que secam frequentemente, obrigando as mulheres a procurar água insalubre recolhida em tanques artificiais durante a época chuvosa. Por vezes têm que percorrer dez quilómetros para encontrar água e os raros poços que existem tornam-se motivos de conflito, por causa das longas esperas e da raridade da água. A Operação Esperança apoia a abertura de furos de captação de água e a instalação de sistemas de bombagem de água. Estes furos são indispensáveis para a alimentação humana e para a prevenção de doenças.

En 2010, a Operação Esperança voltou a apoiar o projecto de fornecimento de leite para crianças do hospital de Nanoro, no Burkina-Faso.

Em 2020, a Operação Esperança contribuiu para um impulso alimentar para as pessoas deslocadas pelo terrorismo. O padre Noël, dos Religiosos Vicentinos na África Ocidental, escreve: «Gostaria de dizer um sincero agradecimento a cada um de vós pela vossa generosidade. Para as testemunhas deste belo gesto de humanidade, este pão dado não era o pão da fome, mas o pão do amor. Se eu reescrevesse a Carta dos Direitos Humanos, consagraria no seu primeiro artigo o direito ao amor por cada homem, qualquer que seja a sua condição física, racial, social ou económica... Isto iria lançar luz sobre as noções de dignidade e igualdade, presentes no preâmbulo. Sei que carregais este amor dos pobres nos vossos corações».

Em 2021, a Operação Esperança apoiou um projecto para a criação de uma exploração agro- pecuária em Koubri (criação de porcos e galinhas poedeiras), bem como um campo de produção agrícola (papaias, citrinos e batatas). Este projecto visa actuar a vários níveis em termos de luta contra a pobreza, a promoção de técnicas agrícolas e de criação modernas, a criação de empregos para os jovens e a auto-suficiência alimentar. O projecto é realizado por três jovens engenheiros agrícolas e pelo Padre Noël (da ordem religiosa de São Vicente de Paulo na África Ocidental), com o apoio do Presidente da Câmara de Koubri.

Médio-Oriente | Várias iniciativas

A Operação Esperança apoiou várias iniciativas nesta região:

As crises enfrentadas pelo Líbano, incluindo o declínio económico, a Covid-19 e o impacto da explosão devastadora em Beirute a 4 de Agosto de 2020, trouxeram muito stress e traumas às crianças. O encerramento de escolas devido à Covid-19 e os danos causados pela explosão resultaram num declínio acentuado na qualidade do ensino. Em Beirute, através da Fundação Adyan (uma organização libanesa fundada por membros cristãos e muçulmanos), a Operação Esperança ajudou a apoiar crianças com deficiências cujos lares, escolas e educação foram severamente afectados pela explosão. A mudança repentina para a aprendizagem escolar em linha significava que estas crianças precisavam de ferramentas para aceder à educação online. A «Escola Abençoada», que geralmente acolhe crianças com deficiência, foi severamente danificada pela explosão de Beirute. As crianças desta escola tiveram a alegria de receber um belo presente pessoal para o Natal e a escola conseguiu obter material educativo adaptado à educação online e assim permitir que as crianças continuassem os seus estudos.

Na Síria, em Aleppo, a comunidade franciscana distribui para as pessoas deslocadas pacotes de comida e bens de primeira necessidade, trabalhando também no desenvolvimento de sistemas de água potável e na distribuição de combustível para geradores e aquecimento. Esta comunidade também auxilia as pessoas nos seus percursos de cuidados médicos, ao assumir parte dos custos. Finalmente, os irmãos garantem a educação das crianças e jovens, tentando proporcionar espaços para as atividades e estudos.

- No Iraque, em Erbil, uma assistência é dada à comunidade síria ortodoxa jacobita, de onde veio uma das famílias iraquianas que vivem em Taizé. Nas aldeias cristãs da planície de Nínive que foram libertadas pelo exército iraquiano, os cristãos encontram as suas igrejas devastadas pelo Daech. O dinheiro recolhido serve para o apoio de pessoas deslocadas em Erbil que não podem voltar para as aldeias destruídas e para a limpeza e reconstrução de locais de culto.

Ucrânia | Férias para crianças de Donbass

Com a Operação Esperança, durante os Verões de 2015 e 2016 um grupo de crianças do leste da Ucrânia foi acolhida em Taizé durante várias semanas. As suas famílias fugiram da guerra em Donbass e desde então vivem em Kiev. Para estas crianças de 7 a 14 anos, o tempo passado em Taizé foi um momento de alegria e paz após os meses difíceis da guerra. A sua presença alegre na colina também ajudou a expressar solidariedade com aqueles que sofrem com a guerra às portas da Europa.

Congo | Construção de uma clínica de oftalmologia

Há cerca de 20 anos que o Dr. Richard Hardi vive e trabalha na República Democrática do Congo como oftalmologista. É membro ativo da Comunidade das Bem-Aventuranças. Trabalha em Mbuji Mayi, a capital da província de Kasai Este, mas faz regularmente missões médicas em áreas remotas.

Numa grande parte do país, ele é praticamente o único oftalmologista que opera crianças e casos mais complicados. Faz mais de 2500 operações por ano.

Desde 2015, a Operação Esperança enviou apoio financeiro para o Dr. Hardi implementar uma clínica oftalmológica, uma vez que a região tem essa grande necessidade.

Coreia do Norte | Ajuda Humanitária

Em 2016, a Comunidade convidou dois médicos do Hospital da Cruz Vermelha da Coreia do Norte a fazer um curso de reciclagem em França. Estes dois médicos estiveram três meses em Paris e os custos da sua estada foram inteiramente suportados pela Operação Esperança. Entre 2007 e 2011, seis outros médicos fizeram um ano de estágio em França.

Os primeiros envios humanitários que a Comunidade fez à Coreia do Norte foram em 1998 e 1999: mais de mil toneladas de milho foram enviados para a população que sofria há vários anos de secas e inundações.

Desde então, todos os anos foi possível fazer um pequeno sinal de solidariedade, enviando ajuda humanitária: leite e biberões para bebés, material médico e medicamentos básicos, nomeadamente os que foram reunidos durante o Encontro Europeu de Berlim no final de 2011: conseguimos juntar dezenas de caixas de medicamentos e algumas centenas de estetoscópios, termómetros, caixas de ligaduras, gaze desinfectada, seringas e outros tipos de material médico, assim como várias caixas de aparelhos cirúrgicos e dois esterilizadores. A Operação Esperança acrescentou dois aparelhos concentradores de oxigénio novos. Este apoio continuou em 2012 e 2013, com o envio de mais aparelhos médicos e medicamentos. A Cruz Vermelha da Coreia do Norte encarregou-se da distribuição dos medicamentos e deste material junto de hospitais e centros de saúde rurais.

Um dos irmãos da Comunidade, de origem sul-coreana, esteve várias vezes na Coreia do Norte e acompanhou por vezes a distribuição da ajuda alimentar.

Cuba | Recolha de Medicamentos

Em Outubro de 2014, o irmão Alois foi a Cuba, com alguns irmãos, durante uma etapa da «Peregrinação de Confiança», nas Caraíbas. Realizaram-se orações em Havana e Matanzas. No regresso, o irmão Alois disse aos jovens reunidos em Taizé: «os Cubanos, principalmente os jovens, estão ansiosos para deixar o seu isolamento, eles precisam de se sentir próximos dos outros jovens nos outros países, e eles pediram-nos que vos cumprimentasse a todos em nome deles. Para eles, tornar-se sal da terra significa escolher a esperança.» Em Março deste ano, um irmão voltou a este país para estreitar laços. Ele viu que há uma deficiência de muitos bens, nomeadamente de medicamentos. Um grupo de Cristãos dirige uma rede de apoio médico para populações desfavorecidas, com pequenos centros de saúde em diferentes partes do país. Através da Operação Esperança, a Comunidade decidiu organizar uma recolha de medicamentos que foi entregue a este grupo em Cuba: Diclofenac (anti inflamatório), doxiciclina (antibiótico), aspirinas, vitaminas, glucosamina, amoxicilina, furosemida, cefalexina, dexclorofeniramina (anti estamínico), ibuprofeno.

China | Impressão de um milhão de Bíblias

Durante o Encontro Europeu que reuniu 40.000 jovens em Bruxelas no final de 2008, o irmão Alois anunciou que, para responder a necessidades dos cristãos da China, a Comunidade de Taizé ia fazer imprimir na China um milhão de Bíblias: 200.000 Bíblias completas e 800.000 Novos Testamentos com os Salmos. A impressão foi feita em Nanjing e, desta cidade, os livros foram distribuídos em diferentes etapas, ao longo do ano de 2009.

Em 2009, 2010 e 2011 a Comunidade de Taizé apoiou também o trabalho bíblico da Igreja Protestante na China.

Sudão do Sul | Depois da guerra civil

Numa aldeia 25 km a sul de Rumbek vivem cerca de cinquenta famílias de leprosos, vindos de toda a região dos Grandes Lagos. Embora o tratamento médico possa curar a doença e remover todo o perigo de contágio, a perda de membros pode gerar grandes deficiências. O estigma social continua a afetá-los imenso. Os leprosos não podem ficar nas suas terras. Os seus filhos, mesmo que não sejam afectados pela doença, não são acolhidos nas escolas. A coragem e a esperança destas famílias que começam uma vida nova a partir do zero, em grande isolamento e precariedade, são notáveis. A Operação Esperança vai ajudar a construir um local para as classes da escola primária, de modo a que as crianças possam continuar a estudar, mesmo durante a estação chuvosa.

A guerra civil, os custos elevados e a falta de escolas impediram muitos jovens de continuar os seus estudos: ajudá-los agora a desenvolver todo o seu potencial é uma prioridade. A abertura de um Centro de Oportunidades para a Juventude quer dar um sinal forte em favor desse compromisso. Num terreno que durante a guerra civil era ocupado por armazéns de uma ONG, a Igreja quer abrir um local de acolhimento, de animação e de formação aberto a jovens de todas as origens. A Operação Esperança vai contribuir para a construção de uma sala polivalente, para substituir a actual tenda que está em muito mau estado.

Ver também:
Visita de um irmão ao Sudão do Sul