TAIZÉ

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O irmão Alois foi recebido em audiência pelo Papa Francisco

Poucos dias antes do décimo aniversário de seu pontificado, o Papa Francisco recebeu o irmão Alois em audiência privada na manhã desta quinta-feira, 9 de março, no Palácio Apostólico. Falaram nomeadamente sobre a preparação de «Together | Encontro do Povo de Deus», que terá lugar no dia 30 de setembro em Roma, na véspera da assembleia sinodal da Igreja Católica.

A próxima etapa na preparação deste evento ecuménico inédito, que já envolve cerca de sessenta parceiros de várias origens denominacionais, acontecerá de 12 a 15 de março, em Roma. Ao anunciar este evento no dia 15 de janeiro, o Papa Francisco convidou «irmãos e irmãs de todas as confissões cristãs a participar neste “Encontro do povo de Deus”.» (O texto integral do que o Papa disse encontra-se em www.taize.fr).

Antes de vir a Roma, o irmão Alois visitou na segunda-feira, 6 de março, em Genebra, o Secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, o Pastor Jerry Pillay, e a Secretária-geral da Federação Luterana Mundial, a Pastora Anne Burghardt. Foi a Genebra acompanhado por cerca de sessenta jovens que estão a fazer voluntariado em Taizé.

Esta sexta-feira, 12 de março, à noite, o irmão Alois vai intervir em Frankfurt no âmbito da quinta e última assembleia do Caminho sinodal na Alemanha, para uma meditação que lhe dará a oportunidade de sublinhar a dimensão espiritual do processo sinodal.

Contatos para a imprensa:

Para mais informações sobre o encontro «Together», escrever a media together2023.net.
Para mais informações sobre a Comunidade de Taizé, escreva a media taize.fr.


Photo (C) Vatican Media

Morte do Papa Emérito Bento XVI

Dia 31 de Dezembro de 2022, os irmãos e os participantes no Encontro Europeu em Rostock receberam a a notícia de que o Papa Emérito Bento XVI tinha entrado na vida eterna. O irmão Alois disse algumas palavras de homenagem no início da oração e convidou todos os presentes a um momento de recolhimento. Ele evoca aqui algumas recordações da relação de Bento XVI com Taizé.
A morte do Papa Emérito Bento XVI toca os nossos corações em Taizé, a nossa Comunidade estava em relação com ele há mais de meio século. De facto, Joseph Ratzinger e o irmão Roger conheceram-se durante o Concílio Vaticano II, onde um era um perito e o outro um observador.
 
Eu próprio me lembro de ficar com o irmão Roger na casa do teólogo, que se tinha tornado Arcebispo de Munique, durante um encontro de jovens que tínhamos preparado naquela cidade. Ele recebeu-nos calorosamente em sua casa.
 
Mais tarde, quando o irmão Roger ia todos os anos a Roma para se encontrar com o Papa João Paulo II, ia frequentemente visitar o Cardeal Ratzinger, então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a fim de ter uma troca de impressões aprofundada com ele.
 
A última carta que o irmão Roger escreveu, três dias antes de ser assassinado, foi dirigida ao novo Papa Bento XVI, para lhe dizer que a sua idade avançada não lhe permitia ir à JMJ em Colónia, mas que iria a Roma o mais depressa possível para o cumprimentar. O Papa tinha esta carta nas suas mãos durante a audiência geral de quarta-feira em que anunciou com tristeza a trágica morte do fundador da nossa Comunidade. Tinha uma grande estima pelo irmão Roger e, cinco anos após a sua morte, escreveu: «Que o seu testemunho de um ecumenismo de santidade nos inspire no nosso caminho em direcção à unidade.»
 
Pela minha parte, estou muito grato pelo acolhimento que Bento XVI me ofereceu quando o fui encontrar alguns meses após o início do meu novo ministério como prior da nossa Comunidade. No mesmo ano, 2005, assistiu-se à morte de João Paulo II e do irmão Roger. Como iria continuar a relação da nossa Comunidade com o Papa? Desde a primeira audiência, compreendi a confiança que Bento XVI tinha em nós e que eu poderia ir vê-lo todos os anos. Ele disse-me: «Em Taizé, têm o canto e o silêncio, vão ao essencial com os jovens, rumo a uma relação pessoal com Deus.» Isso era muito importante para ele, tal como para nós.
 
A relação com Bento XVI teve o seu auge na oração que celebrámos na sua presença a 29 de Dezembro de 2012, durante o nosso Encontro Europeu de Jovens em Roma. Aos milhares de jovens reunidos na Praça de São Pedro, Bento XVI disse, entre outras coisas: «Garanto-vos o compromisso irrevogável da Igreja Católica de continuar a procurar formas de reconciliação a fim de alcançar a unidade visível dos cristãos.»
 
Algumas semanas depois demitiu-se e fiz questão de o ir visitar no ano seguinte, para lhe agradecer o apoio inabalável que sempre tinha dado à nossa Comunidade na sua vocação.


Fotografia: (C) Servizio Fotografico dell’Osservatore Romano | Vatican Media

Ursula von der Leyen à Taizé

Taizé • Comunicado de imprensa | Sexta-feira 19 de agosto de 2022

Os encontros internacionais retomaram o seu curso em Taizé após dois anos marcados pela pandemia. Desde a Páscoa, mais de 20.000 jovens participaram semana após semana nas atividades propostas: orações comunitárias, partilha em pequenos grupos, ateliês de reflexão, tarefas práticas.

O final do verão será marcado por uma visita excecional: Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, estará em Taizé sábado 27 de agosto. Durante a sua visita, irá conhecer a comunidade e dialogar com os jovens presentes em Taizé nessa semana. Ela dará uma palestra pública sobre a atualidade europeia às 17h30.

Durante esta semana específica para jovens dos 18 aos 35 anos, outros oradores irão animar ateliês, incluindo especialistas em várias áreas, cientistas, políticos – o programa completo será publicado no site. Um programa especial sobre a preservação da biodiversidade será proposto aos jovens que o desejarem.

O irmão Alois reage: «O nosso desejo como comunidade é que todos os jovens que vêm a Taizé possam sentir que a confiança em Deus os ajuda a encontrar sentido nas suas vidas e a assumir responsabilidades quando regressam a casa. A visita de Ursula von der Leyen é um gesto importante, que indica que as aspirações e compromissos da geração jovem são ouvidos e levados em conta por políticos e instituições. Nesse sentido, esta visita, nas graves crises do momento, será um sinal de esperança.»

Outras notícias

  • • Este sábado, 20 de agosto, no âmbito da «semana de testemunho da fé ortodoxa», haverá um dia especial em Taizé e o Metropolita Dimitrios virá de Paris para celebrar a divina liturgia, às 9h00, na Igreja da Reconciliação.
  • • A oração da noite continua a ser transmitida todos os dias em áudio em direto no site de Taizé, e a oração do sábado à noite em vídeo também em direto.

Credenciamento de jornalistas

Para acompanhar a conferência de Ursula von der Leyen como jornalista ou fotógrafo, é necessário solicitar o credenciamento através deste formulário online.

Para obter fotos do verão em Taizé, ou solicitar uma entrevista com irmãos ou voluntários, escreva-nos a media taize.fr.

Ucrânia | Proposta de vigília de oração pela paz

Desde o início da guerra na Ucrânia, muitos cristãos em todo o mundo têm rezado pela paz. Aqui está uma proposta para um tempo de oração com os cânticos de Taizé.

Há também uma página no site de Taizé que permite que as intenções de oração sejam transmitidas aos irmãos.

Proposta para um tempo de oração

Cântico

Laudate omnes gentes ou Славіте всі народи (Slavite vsi narody)

Oração do Alois

Jesus Cristo, permanecendo em silêncio diante de ti deixamos que se levante esta oração ardente: que o fogo das armas cesse na terra da Ucrânia! Acolhe no teu amor os que morrem por causa da violência e da guerra, conforta as famílias enlutadas, mostra a tua presença aos que estão angustiados ou que tiveram que seguir o caminho do êxodo. Apoia aqueles que querem a paz e que, na Ucrânia, na Rússia, na Bielorrússia e noutros lugares, assumem iniciativas para acabar com a guerra. Perante um sofrimento incompreensível, acreditamos, no entanto, que as tuas palavras de amor e de paz nunca passarão. Tu deste a tua vida na cruz e abriste um futuro para nós, mesmo além da morte. Ao longo do nosso caminho para a Páscoa, a luz da tua ressurreição vai guiar-nos, mesmo na escuridão, lembrando-nos que o mal nunca terá a última palavra. E imploramos-te: dá a tua paz ao nosso tempo. Tu és nossa esperança.

Salmo

Entre cada verso, pode-se cantar Bonum est confidere.

Até quando, ó Deus, irá ultrajar-nos o opressor?
Até quando irá o inimigo desprezar o teu nome?

Tu, ó Deus, desde sempre foste o meu rei,
aquele que realiza libertações pela terra.
Fizeste brotar fontes e torrentes
e secaste rios caudalosos.

Teu é o dia, tua é a noite;
Tu criaste a Lua e o Sol.
Fixaste os limites à terra inteira,
fizeste o Verão e o Inverno.

Não entregues às feras a vida dos teus fiéis;
não esqueças para sempre a vida dos teus pobres.
Olha para a tua aliança,
pois os recantos do país estão cheios de violência.

Que os humildes não voltem confundidos;
que o pobre e o indigente possam louvar o teu nome.
Ergue-te, ó Deus, defende a tua causa;
lembra-te das ofensas contínuas dos insensatos.


do Salmo 74

Lecture

Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação! 4Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus.


2.ª Coríntios 1,3-4

Cântico
Dona nobis pacem

Silêncio

Intercessões

Entre cada intenção, pode cantar-se o Kyrie 10.

  1. Por todos os que vivem na Ucrânia. Pelas vítimas da guerra e pelos seus entes queridos enlutados, pelos feridos.
  2. Pelas famílias, jovens, crianças e pessoas de idade que vivem na angústia dos bombardeamentos.
  3. Para aqueles que tiveram que deixar o seu lugar de vida, exilados, refugiados, pessoas deslocadas e por todos aqueles que os acolhem.
  4. Pelas pessoas mais frágeis que não têm para onde ir e que sofrem impotentes as consequências da guerra.
  5. Pelos líderes dos povos e por todos aqueles que estão em posição de influenciar o curso dos acontecimentos, para que o fogo de armas cesse o mais rápido possível.
  6. Pelos responsáveis das Igrejas, que saibam acompanhar todos aqueles que são atingidos por esta terrível provação.
  7. Pelos pacificadores. Por todos aqueles que na Ucrânia, Rússia, Bielorrússia e noutros lugares estão empenhados em promover o diálogo e a justiça.

Pai Nosso

Bênção

Tu abençoas-nos, Jesus Cristo. Tu és a nossa paz e a nossa esperança.

Cânticos

Exaudi orationem meam | Frieden, Frieden | Jésus le Christ | Veni sancte Spiritus

O Papa Francisco recebeu o irmão Alois em audiência

Esta segunda-feira, 21 de março de 2022, o irmão Alois, prior da Comunidade de Taizé, foi recebido em audiência privada pelo Papa Francisco. Desde 2013, esta audiência tem tido lugar todos os anos, tal como antes acontecia com o Papa Bento XVI. O irmão Roger também ia a Roma todos os anos.

O primeiro tema abordado foi a guerra na Ucrânia e as iniciativas de solidariedade de Taizé em relação aos refugiados ucranianos. O irmão Alois falou depois sobre o processo sinodal em curso na Igreja Católica. Também pôde partilhar com o Papa Francisco algumas notícias da vida da Comunidade e evocou a procura ecuménica de Taizé.

Nos próximos dias, o irmão Alois terá mais reuniões com os responsáveis da Igreja em Roma. Além disso, duas orações com cânticos de Taizé terão lugar em Roma nos próximos dias: terça-feira, 22 de março, às 21h00, na igreja de Santa Maria in Campitelli, e quarta-feira, 23 de março, às 12h30, na igreja Real Belga (via del Sudário 40), na presença do irmão Alois e de outros Irmãos.


(C) Fotografia Vatican Media


Contacto

media taize.fr

Ucrânia | Um artigo do irmão Alois

A pedido do semanário francês La Vie, o irmão Alois escreveu um artigo que publicamos na íntegra aqui.

«Na Ucrânia, o mal não terá a última palavra»

Este ano, o Tempo da Quaresma começa quando o continente europeu é atingido pela guerra. Esta trágica notícia mergulha-nos em pleno no mistério do mal. O próprio Jesus fez essa experiência ao aceitar livremente perder a vida na cruz: ele foi até ao extremo do sofrimento. A caminho da Páscoa, somos sustentados por esta esperança: para além da cruz, através da ressurreição de Cristo, Deus abriu um caminho de vida para toda a humanidade.

Como é possível que o fogo de armas e das bombas dilacere povos tão próximos em tantos aspectos? Tantas famílias têm parentes nos dois lados da fronteira... Durante uma peregrinação à Rússia, Bielorrússia e Ucrânia em 2015, com um pequeno grupo de jovens de vários países, fui testemunha disso a caminho dum hospital em Kiev com soldados ucranianos feridos em combate. Connosco estava uma jovem da Rússia. Há alguns dias, na eclosão da guerra, esta jovem russa recordou esta visita e partilhou esta história: «Quando entrei no hospital, fiquei paralisada de medo e de vergonha. No início, não conseguia dizer nada. Depois comecei a contar que quando era criança, todos os anos no verão eu ia para a casa do meu avô na Ucrânia e que o meu primo nasceu na Ucrânia. Então os soldados ucranianos começaram a mudar, um deles de repente disse que a sua esposa era russa, depois outro disse que os seus pais moravam na Rússia... E ficou claro que de facto éramos muito próximos, que éramos como irmãos e irmãs.»

Rezemos para que estas sementes de partilha e de comunhão não sejam arrancadas pela loucura da guerra, mas que, a longo prazo, sejam mais fortes do que a violência sem sentido. É quase demasiado cedo para expressar este desejo, pois em cada dia que passa o número de vítimas e feridos aumenta. No entanto, mantenhamos enraizada no fundo de nossos corações esta esperança de que o mal não terá a última palavra.

O Papa Francisco pediu um dia de jejum e oração nesta quarta-feira de cinzas. Em muitos lugares em todo o mundo os crentes reúnem-se para rezar pela paz. Há poucos dias, recebemos em Taizé a mensagem dum padre ortodoxo na Rússia: também na sua paróquia rezam pela paz.

Sim, para viver este Tempo da Quaresma em solidariedade com aqueles que sofrem com a guerra que assola a terra da Ucrânia, levemos na nossa oração as vítimas e as suas famílias enlutadas, os feridos, aqueles que tiveram que fugir, aqueles que quiseram e não puderam fazê-lo, e também todos aqueles que optaram por ficar onde moram. Pensemos nas pessoas mais vulneráveis, que serão as primeiras a sofrer as consequências do conflito armado, nas crianças que sofreram, nos jovens que não veem futuro.

Na nossa oração, não nos esqueçamos de pedir ao Espírito Santo que inspire os líderes dos povos e todos aqueles que estão em condições de influenciar o curso dos acontecimentos, para que o fogo das armas cesse o mais rápido possível. Rezemos para que a guerra não aumente as divisões dentro das igrejas e das famílias e que os líderes da igreja acompanhem todos os que são afetados por esta terrível provação. E como toda a vida humana conta aos olhos de Deus, pensemos nos combatentes de todos os países envolvidos e também nas suas famílias, por exemplo naquelas avós que veem os seus netos irem para a frente, para uma guerra que não escolheram nem desejaram. Talvez, um dia, eles saiam às ruas para proclamá-lo...

Como este Tempo da Quaresma começa sob auspícios sombrios, somos chamados a viver estes quarenta dias em comunhão com aqueles que, não só na Europa, mas em todo o mundo, são afetados pela violência. Na cruz, Cristo abriu os braços para abraçar toda a humanidade. Uma humanidade muitas vezes dilacerada, mas para sempre unida no coração de Deus.

Ucrânia | Uma iniciativa solidária para acolher refugiados

Perante a crise humanitária provocada pela guerra na Ucrânia, Taizé abre uma plataforma para pôr em contacto pessoas que possam acolher e exilados que tiveram de deixar a Ucrânia.

Nos últimos anos, muitos jovens da Ucrânia participaram nos encontros da peregrinação de confiança na Europa. Agora, muitas famílias, especialmente mães com os seus filhos, tiveram que deixar seu país com urgência para se refugiar noutro lugar. Em muitos lugares, uma dinâmica de solidariedade está a ser criada para acolhê-los e Taizé deseja apoiar este impulso.

Em colaboração com os nossos amigos na Ucrânia e nos países vizinhos, com associações de solidariedade e também com a embaixada ucraniana em Paris, oferecemos às paróquias ou grupos locais a oportunidade de se prepararem para o acolhimento. No entanto, gostaríamos de chamar a atenção daqueles que estão disponíveis para acolher:

  • Nesta fase, estamos a recolher ofertas, mas sem poder garantir que de facto conseguiremos encontrar uma família de imediato. É difícil estimar a amplitude das chegadas futuras.
  • Também é complicado saber por quanto tempo essas famílias precisarão do vosso generoso acolhimento.
  • Para uma pessoa solteira, e até mesmo uma família, um acolhimento assim pode representar um esforço excessivo. É preferível reunirem-se com outros para assumir isso como paróquia ou como equipa.
  • Finalmente, Taizé ajuda através desta iniciativa a colocar as pessoas em contacto, mas não poderá apoiar situações específicas nem prestar assistência ou acompanhamento.

Por favor, preencham cuidadosamente o formulário de acolhimento em francês ou em inglês. Para quaisquer perguntas adicionais, escrevam-nos para este endereço.

Agradecemos imenso a vossa disponibilidade!

Oração pela paz na Ucrânia

Quarta-feira, 2 de março

Em comunhão com a iniciativa de jejum e oração proposta pelo Papa Francisco, a Comunidade vai unir-se à oração pela paz na Ucrânia nesta quarta-feira, 2 de março.


Sábado, 26 de fevereiro

Ontem à noite, a vigília de oração pela paz na Ucrânia foi marcada por um longo período de silêncio, iniciado pela seguinte oração que o irmão Alois disse:

Cristo ressuscitado, em silêncio diante de ti, permitimos que se levante esta oração ardente: que o fogo das armas cesse na terra da Ucrânia! Acolhe no teu amor os que morrem por causa da violência e da guerra, conforta as famílias de luto, ampara os que tiveram que seguir o caminho do êxodo. Perante um sofrimento incompreensível, acreditamos, no entanto, que as tuas palavras de amor e de paz nunca passarão. Tu deste a tua vida na cruz e abriste um futuro para nós, mesmo além da morte. Por isso, imploramos: dá-nos a tua paz. Tu és a nossa esperança.

No final do tempo de silêncio, o canto «Laudate omnes gentes» foi retomado por todos na língua ucraniana «Славіте всі народи / Slavite vsi narody».


Quinta-feira, 24 de fevereiro

Perante os actos de guerra na Ucrânia, o irmão Alois disse esta quinta-feira a seguinte oração durante a oração do meio-dia em Taizé:

Deus de amor, ficamos desconcertados com a violência no mundo e agora especialmente pelos actos de guerra na Ucrânia. Concede que permaneçamos em solidariedade junto daqueles que sofrem e que vivem hoje com medo e angústia. Apoia a esperança de todos aqueles que, nesta querida região do mundo, procuram fazer prevalecer a justiça e a paz. Envia o Espírito Santo, o Espírito de paz, para inspirar os líderes das nações e todos os seres humanos.

Esta sexta-feira, às 20h00 (hora de Paris, 19h00 em Portugal continental), os irmãos e todos os jovens presentes em Taizé vão rezar em silêncio pela paz. Aqueles que desejarem participar nesta oração poderão associar-se graças à transmissão em directo.


Oração comunitária durante o encontro de Taizé em Lviv, dia 30 de abril de 2018

Conselho da Comunidade: Oração do irmão Alois

Como todos os anos, os irmãos tiveram seu conselho comunitário no final de janeiro. Publicamos aqui a oração final que o irmão Alois disse na noite de domingo, 30 de janeiro.

Jesus Cristo, louvamos-te de todo o nosso coração. Queres tornar-nos testemunhas do amor de Deus nas grandes convulsões atuais da sociedade e da Igreja. Por isso, agradecemos o dom da unidade que fazes à nossa pequena Comunidade, é um tesouro inestimável que queremos cuidar.

E este tesouro é multifacetado. Agradecemos-te por nos teres conduzido, nestes dias de conselho, a destacar a nossa grande diversidade. Envias-nos o Espírito Santo que dá vida, que estimula a criatividade em todos e que nos une no amor de Deus. Concede-nos a acreditar na sua presença.

Cristo, tu sopras o teu Espírito sobre nós na oração como na nossa vida fraterna; nela também encontramos uma fonte da tua presença. Assim, no centro do esforço para cuidarmos a nossa vida fraterna, para sairmos sempre de nós mesmos e acolhermos o outro, comunicas-nos uma alegria, a tua alegria de Ressuscitado.

Colocamos diante de ti tudo o que nos dissemos durante este conselho. Que as nossas partilhas possam dar frutos! Concede que nos continuemos a interrogar sobre a multiculturalidade entre nós, sobre o acompanhamento pessoal, sobre a corresponsabilidade relativamente a toda a nossa vida através das múltiplas tarefas e atividades, sobre a nossa busca da unidade dos cristãos. Encha-nos de flexibilidade e de coragem para nos pormos à escuta do teu Espírito Santo, para avançarmos nessas áreas e em muitas outras.

Cristo Jesus, tu envias-nos ao mundo. Louvado sejas pelos nossos irmãos que vivem em fraternidades em diversos países. Obrigado pelas irmãs que vivem perto de nós e com quem nos permites caminhar juntos. Obrigado por todas as pessoas com quem estamos em contacto na nossa região. Obrigado pelos migrantes acolhidos por nós, que se integram cada vez mais no nosso país. Louvado sejas pelos jovens que virão a Taizé durante o ano. Louvado sejas pela nossa peregrinação de confiança que, como um riacho, percorre o mundo, brevemente no Oriente Médio, na Terra Santa.

Mas também te confessamos, Cristo Jesus, que por vezes falhámos e não fizemos a tua vontade de amor. Confiamos-te particularmente as pessoas que em Taizé foram vítimas de abuso ou agressão, sexual ou psicológica. Apoia-as na sua solidão, cura as suas feridas. E dá-nos a coragem de ouvir o seu sofrimento, de ouvir também os seus pedidos e os seus conselhos, e de fazermos tudo para as ajudar.

É para ti, Cristo, que nos voltamos. A quem mais iríamos? Tu tens as palavras de vida. Pedimos que acompanhes toda a Igreja e toda a humanidade, que estão a atravessar uma espécie de êxodo, uma passagem para outra coisa, uma travessia do deserto. Como tantas pessoas, nós estamos a viver um momento sem visibilidade clara para o futuro. Mas tu permites-nos renovar-nos em ti e ser artesãos de unidade. Com confiança, dizemos-te esta oração dum Salmo: «Senhor, não abandones a obra das tuas mãos.»

E agora, depois de cantarmos juntos o Espírito Santo, os irmãos que fizeram o compromisso para toda a vida vão estender-se no chão para recordar a sua oferta a Deus.


Mensagem do irmão Alois

Homenagem a Desmond Tutu

Queridos parentes e amigos,

Neste dia em que o Arcebispo Desmond Tutu entrou na vida da eternidade, venho expressar o meu afeto e o de toda a Comunidade de Taizé a todos os que partilhastes a sua vida e as suas lutas durante quase sessenta e cinco anos.

O Espírito de Cristo Ressuscitado fez dele uma fonte de sabedoria e de coragem para a África do Sul e para o resto do mundo durante as horas mais sombrias do Apartheid e ao longo do caminho para a justiça e a reconciliação no vosso país.

Sentimo-nos gratos pela amizade que uniu o Arcebispo e a nossa Comunidade durante mais de quarenta anos. Desde a visita do irmão Roger a Joanesburgo em 1978 e a visita do Arcebispo a Taizé em 1979, permanecemos em comunhão através da oração e partilhámos a mesma paixão para despertar as novas gerações de jovens à fé em Cristo. Em 1980, quando as tensões eram altas no vosso país, o Arcebispo organizou a viagem de 144 jovens sul-africanos de todas as origens, credos e classes sociais em peregrinação de reconciliação a Taizé. Desde então, apoiou fielmente centenas de jovens sul-africanos enviados pelas suas igrejas para representarem o seu país nas diferentes etapas da Peregrinação de Confiança organizada por Taizé. Há dois anos quis juntar-se aos participantes do encontro internacional que tínhamos preparado na Cidade do Cabo.

Na sua mensagem de acolhimento aos participantes da Peregrinação de Taizé a Joanesburgo em 1995, escreveu: «A oração prepara o espaço onde nos podemos encontrar e crescer amando-nos uns aos outros.»

Com mulheres e homens de boa vontade em todo o mundo e especialmente com os jovens do continente africano, damos graças pela sua vida e pelo seu ministério. Ele continuará a inspirar os que buscam justiça e paz.

Irmão Alois, prior da Comunidade de Taizé

Durante o encontro de Taizé na Cidade do Cabo em 2019