

Durante o encontro, o irmão Matthew agradeceu ao Papa Francisco pelo seu ministério como Bispo de Roma e partilhou a profunda gratidão de tantos cristãos de diferentes Igrejas pelo encontro do povo de Deus “Together” no dia 30 de setembro, em particular pela bênção final dada pelo Papa juntamente com cerca de vinte responsáveis de Igrejas.
Foram também mencionados os Encontros Europeus em Liubliana, no final de dezembro de 2023, e o que está atualmente a ser preparado em Tallinn, na Estónia, no final de dezembro de 2024, bem como o convite lançado pelo irmão Matthew para nos tornarmos “peregrinos de paz” neste período de grande sofrimento em tantos lugares do mundo.
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□ Antes de chegar a Roma, o irmão Matthew participou com dois outros irmãos da Comunidade numa conferência ecuménica em Assis sobre o tema “Festa da Criação, mistério da Criação”, durante a qual falou no primeiro painel intitulado “O Kairós ecuménico – terreno fértil para a Festa da Criação”.
□ Na quarta-feira passada, o irmão Matthew e a comunidade acolheram por um dias em Taizé os bispos da Igreja Evangélica Luterana da Finlândia, que se encontravam em Genebra para uma viagem de estudo ecuménica.
□ No âmbito da iniciativa “peregrinos de paz”, jovens, irmãs de Santo André e irmãos de Taizé fizeram uma caminhada de 34 km a partir de Taizé na quinta-feira, 7 de Março, para marcar simbolicamente a distância que separa as cidades de Gaza e de Rafah, com quatro estações para orar por aqueles que sofrem em vários lugares do mundo.
Os bispos estavam em Genebra para uma viagem de estudo ecuménica. Participaram nas orações do meio-dia e almoçaram com a Comunidade. À tarde refletiram com os irmãos sobre os temas da unidade da Igreja, da escuta e do diálogo, bem como sobre o próximo Encontro Europeu em Tallinn - esta cidade está localizada a 82 km de Helsínquia, a duas horas de ferry-boat.
Entre os representantes das Igrejas, cinco foram incumbidos de ler uma oração pela entrada em funções do irmão Matthew como «servo de comunhão»: o Bispo de Autun, Chalon e Mâcon, D. Benoît Rivière, o Metropolita Maximos, do Patriarcado Ecuménico em Genebra, os Bispos anglicanos Olivia Graham, de Reading, e Smitha Prasadam, de Huddersfield, e o Rev. Laurent Schlumberger, ex-presidente da Igreja Protestante Unida da França. Também estiveram presentes outros representantes, como o Pastor Christian Krieger, presidente da Federação Protestante de França ou o Bispo Luterano de Riga, D. Rinalds Grants.
É possível voltar a assistir à celebração graças à repetição do vídeo transmitido ao vivo:
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Fotografias: Tamino Petelinsek
Para obter fotografias em alta resolução, escrever a media taize.fr.
A próxima etapa na preparação deste evento ecuménico inédito, que já envolve cerca de sessenta parceiros de várias origens denominacionais, acontecerá de 12 a 15 de março, em Roma. Ao anunciar este evento no dia 15 de janeiro, o Papa Francisco convidou «irmãos e irmãs de todas as confissões cristãs a participar neste “Encontro do povo de Deus”.» (O texto integral do que o Papa disse encontra-se em www.taize.fr).
Antes de vir a Roma, o irmão Alois visitou na segunda-feira, 6 de março, em Genebra, o Secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, o Pastor Jerry Pillay, e a Secretária-geral da Federação Luterana Mundial, a Pastora Anne Burghardt. Foi a Genebra acompanhado por cerca de sessenta jovens que estão a fazer voluntariado em Taizé.
Esta sexta-feira, 12 de março, à noite, o irmão Alois vai intervir em Frankfurt no âmbito da quinta e última assembleia do Caminho sinodal na Alemanha, para uma meditação que lhe dará a oportunidade de sublinhar a dimensão espiritual do processo sinodal.
Contatos para a imprensa:
Para mais informações sobre o encontro «Together», escrever a media together2023.net.
Para mais informações sobre a Comunidade de Taizé, escreva a media taize.fr.
Photo (C) Vatican Media
A morte do Papa Emérito Bento XVI toca os nossos corações em Taizé, a nossa Comunidade estava em relação com ele há mais de meio século. De facto, Joseph Ratzinger e o irmão Roger conheceram-se durante o Concílio Vaticano II, onde um era um perito e o outro um observador.Eu próprio me lembro de ficar com o irmão Roger na casa do teólogo, que se tinha tornado Arcebispo de Munique, durante um encontro de jovens que tínhamos preparado naquela cidade. Ele recebeu-nos calorosamente em sua casa.Mais tarde, quando o irmão Roger ia todos os anos a Roma para se encontrar com o Papa João Paulo II, ia frequentemente visitar o Cardeal Ratzinger, então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a fim de ter uma troca de impressões aprofundada com ele.A última carta que o irmão Roger escreveu, três dias antes de ser assassinado, foi dirigida ao novo Papa Bento XVI, para lhe dizer que a sua idade avançada não lhe permitia ir à JMJ em Colónia, mas que iria a Roma o mais depressa possível para o cumprimentar. O Papa tinha esta carta nas suas mãos durante a audiência geral de quarta-feira em que anunciou com tristeza a trágica morte do fundador da nossa Comunidade. Tinha uma grande estima pelo irmão Roger e, cinco anos após a sua morte, escreveu: «Que o seu testemunho de um ecumenismo de santidade nos inspire no nosso caminho em direcção à unidade.»Pela minha parte, estou muito grato pelo acolhimento que Bento XVI me ofereceu quando o fui encontrar alguns meses após o início do meu novo ministério como prior da nossa Comunidade. No mesmo ano, 2005, assistiu-se à morte de João Paulo II e do irmão Roger. Como iria continuar a relação da nossa Comunidade com o Papa? Desde a primeira audiência, compreendi a confiança que Bento XVI tinha em nós e que eu poderia ir vê-lo todos os anos. Ele disse-me: «Em Taizé, têm o canto e o silêncio, vão ao essencial com os jovens, rumo a uma relação pessoal com Deus.» Isso era muito importante para ele, tal como para nós.A relação com Bento XVI teve o seu auge na oração que celebrámos na sua presença a 29 de Dezembro de 2012, durante o nosso Encontro Europeu de Jovens em Roma. Aos milhares de jovens reunidos na Praça de São Pedro, Bento XVI disse, entre outras coisas: «Garanto-vos o compromisso irrevogável da Igreja Católica de continuar a procurar formas de reconciliação a fim de alcançar a unidade visível dos cristãos.»Algumas semanas depois demitiu-se e fiz questão de o ir visitar no ano seguinte, para lhe agradecer o apoio inabalável que sempre tinha dado à nossa Comunidade na sua vocação.
Fotografia: (C) Servizio Fotografico dell’Osservatore Romano | Vatican Media
Taizé • Comunicado de imprensa | Sexta-feira 19 de agosto de 2022
Os encontros internacionais retomaram o seu curso em Taizé após dois anos marcados pela pandemia. Desde a Páscoa, mais de 20.000 jovens participaram semana após semana nas atividades propostas: orações comunitárias, partilha em pequenos grupos, ateliês de reflexão, tarefas práticas.
O final do verão será marcado por uma visita excecional: Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, estará em Taizé sábado 27 de agosto. Durante a sua visita, irá conhecer a comunidade e dialogar com os jovens presentes em Taizé nessa semana. Ela dará uma palestra pública sobre a atualidade europeia às 17h30.
Durante esta semana específica para jovens dos 18 aos 35 anos, outros oradores irão animar ateliês, incluindo especialistas em várias áreas, cientistas, políticos – o programa completo será publicado no site. Um programa especial sobre a preservação da biodiversidade será proposto aos jovens que o desejarem.
O irmão Alois reage: «O nosso desejo como comunidade é que todos os jovens que vêm a Taizé possam sentir que a confiança em Deus os ajuda a encontrar sentido nas suas vidas e a assumir responsabilidades quando regressam a casa. A visita de Ursula von der Leyen é um gesto importante, que indica que as aspirações e compromissos da geração jovem são ouvidos e levados em conta por políticos e instituições. Nesse sentido, esta visita, nas graves crises do momento, será um sinal de esperança.»
Para acompanhar a conferência de Ursula von der Leyen como jornalista ou fotógrafo, é necessário solicitar o credenciamento através deste formulário online.
Para obter fotos do verão em Taizé, ou solicitar uma entrevista com irmãos ou voluntários, escreva-nos a media taize.fr.
Desde o início da guerra na Ucrânia, muitos cristãos em todo o mundo têm rezado pela paz. Aqui está uma proposta para um tempo de oração com os cânticos de Taizé.
Há também uma página no site de Taizé que permite que as intenções de oração sejam transmitidas aos irmãos.
Cântico
Laudate omnes gentes ou Славіте всі народи (Slavite vsi narody)
Oração do Alois
Jesus Cristo, permanecendo em silêncio diante de ti deixamos que se levante esta oração ardente: que o fogo das armas cesse na terra da Ucrânia! Acolhe no teu amor os que morrem por causa da violência e da guerra, conforta as famílias enlutadas, mostra a tua presença aos que estão angustiados ou que tiveram que seguir o caminho do êxodo. Apoia aqueles que querem a paz e que, na Ucrânia, na Rússia, na Bielorrússia e noutros lugares, assumem iniciativas para acabar com a guerra. Perante um sofrimento incompreensível, acreditamos, no entanto, que as tuas palavras de amor e de paz nunca passarão. Tu deste a tua vida na cruz e abriste um futuro para nós, mesmo além da morte. Ao longo do nosso caminho para a Páscoa, a luz da tua ressurreição vai guiar-nos, mesmo na escuridão, lembrando-nos que o mal nunca terá a última palavra. E imploramos-te: dá a tua paz ao nosso tempo. Tu és nossa esperança.
Salmo
Entre cada verso, pode-se cantar Bonum est confidere.
Até quando, ó Deus, irá ultrajar-nos o opressor?
Até quando irá o inimigo desprezar o teu nome?Tu, ó Deus, desde sempre foste o meu rei,
aquele que realiza libertações pela terra.
Fizeste brotar fontes e torrentes
e secaste rios caudalosos.Teu é o dia, tua é a noite;
Tu criaste a Lua e o Sol.
Fixaste os limites à terra inteira,
fizeste o Verão e o Inverno.Não entregues às feras a vida dos teus fiéis;
não esqueças para sempre a vida dos teus pobres.
Olha para a tua aliança,
pois os recantos do país estão cheios de violência.Que os humildes não voltem confundidos;
que o pobre e o indigente possam louvar o teu nome.
Ergue-te, ó Deus, defende a tua causa;
lembra-te das ofensas contínuas dos insensatos.
Lecture
Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação! 4Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus.
Cântico
Dona nobis pacem
Silêncio
Intercessões
Entre cada intenção, pode cantar-se o Kyrie 10.
Pai Nosso
Bênção
Tu abençoas-nos, Jesus Cristo. Tu és a nossa paz e a nossa esperança.
Cânticos
Exaudi orationem meam | Frieden, Frieden | Jésus le Christ | Veni sancte Spiritus
O primeiro tema abordado foi a guerra na Ucrânia e as iniciativas de solidariedade de Taizé em relação aos refugiados ucranianos. O irmão Alois falou depois sobre o processo sinodal em curso na Igreja Católica. Também pôde partilhar com o Papa Francisco algumas notícias da vida da Comunidade e evocou a procura ecuménica de Taizé.
Nos próximos dias, o irmão Alois terá mais reuniões com os responsáveis da Igreja em Roma. Além disso, duas orações com cânticos de Taizé terão lugar em Roma nos próximos dias: terça-feira, 22 de março, às 21h00, na igreja de Santa Maria in Campitelli, e quarta-feira, 23 de março, às 12h30, na igreja Real Belga (via del Sudário 40), na presença do irmão Alois e de outros Irmãos.
(C) Fotografia Vatican Media
Contacto
Este ano, o Tempo da Quaresma começa quando o continente europeu é atingido pela guerra. Esta trágica notícia mergulha-nos em pleno no mistério do mal. O próprio Jesus fez essa experiência ao aceitar livremente perder a vida na cruz: ele foi até ao extremo do sofrimento. A caminho da Páscoa, somos sustentados por esta esperança: para além da cruz, através da ressurreição de Cristo, Deus abriu um caminho de vida para toda a humanidade.
Como é possível que o fogo de armas e das bombas dilacere povos tão próximos em tantos aspectos? Tantas famílias têm parentes nos dois lados da fronteira... Durante uma peregrinação à Rússia, Bielorrússia e Ucrânia em 2015, com um pequeno grupo de jovens de vários países, fui testemunha disso a caminho dum hospital em Kiev com soldados ucranianos feridos em combate. Connosco estava uma jovem da Rússia. Há alguns dias, na eclosão da guerra, esta jovem russa recordou esta visita e partilhou esta história: «Quando entrei no hospital, fiquei paralisada de medo e de vergonha. No início, não conseguia dizer nada. Depois comecei a contar que quando era criança, todos os anos no verão eu ia para a casa do meu avô na Ucrânia e que o meu primo nasceu na Ucrânia. Então os soldados ucranianos começaram a mudar, um deles de repente disse que a sua esposa era russa, depois outro disse que os seus pais moravam na Rússia... E ficou claro que de facto éramos muito próximos, que éramos como irmãos e irmãs.»
Rezemos para que estas sementes de partilha e de comunhão não sejam arrancadas pela loucura da guerra, mas que, a longo prazo, sejam mais fortes do que a violência sem sentido. É quase demasiado cedo para expressar este desejo, pois em cada dia que passa o número de vítimas e feridos aumenta. No entanto, mantenhamos enraizada no fundo de nossos corações esta esperança de que o mal não terá a última palavra.
O Papa Francisco pediu um dia de jejum e oração nesta quarta-feira de cinzas. Em muitos lugares em todo o mundo os crentes reúnem-se para rezar pela paz. Há poucos dias, recebemos em Taizé a mensagem dum padre ortodoxo na Rússia: também na sua paróquia rezam pela paz.
Sim, para viver este Tempo da Quaresma em solidariedade com aqueles que sofrem com a guerra que assola a terra da Ucrânia, levemos na nossa oração as vítimas e as suas famílias enlutadas, os feridos, aqueles que tiveram que fugir, aqueles que quiseram e não puderam fazê-lo, e também todos aqueles que optaram por ficar onde moram. Pensemos nas pessoas mais vulneráveis, que serão as primeiras a sofrer as consequências do conflito armado, nas crianças que sofreram, nos jovens que não veem futuro.
Na nossa oração, não nos esqueçamos de pedir ao Espírito Santo que inspire os líderes dos povos e todos aqueles que estão em condições de influenciar o curso dos acontecimentos, para que o fogo das armas cesse o mais rápido possível. Rezemos para que a guerra não aumente as divisões dentro das igrejas e das famílias e que os líderes da igreja acompanhem todos os que são afetados por esta terrível provação. E como toda a vida humana conta aos olhos de Deus, pensemos nos combatentes de todos os países envolvidos e também nas suas famílias, por exemplo naquelas avós que veem os seus netos irem para a frente, para uma guerra que não escolheram nem desejaram. Talvez, um dia, eles saiam às ruas para proclamá-lo...
Como este Tempo da Quaresma começa sob auspícios sombrios, somos chamados a viver estes quarenta dias em comunhão com aqueles que, não só na Europa, mas em todo o mundo, são afetados pela violência. Na cruz, Cristo abriu os braços para abraçar toda a humanidade. Uma humanidade muitas vezes dilacerada, mas para sempre unida no coração de Deus.